|  |  19/12/2007 - 08h34 Procurador-geral da Argentina acusa Irã de estar por trás de ataque à Amia Jerusalém, 19 dez (EFE).- O procurador-geral da Argentina, Alberto Nisman, reiterou em Israel a acusação contra o Irã pelos ataques de 1992 e 1994 contra a embaixada israelense e a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em Buenos Aires, nos quais morreram 114 pessoas.
Segundo a imprensa argentina, Nisman reiterou a acusação em uma palestra que fez na segunda-feira à noite no Instituto Internacional para o Contra-terrorismo do Centro Interdisciplinar de Herzliya.
"Esses ataques foram ordenados, planejados e financiados" por líderes e funcionários superiores do Irã, afirmou.
O procurador, designado em 2004 para dirigir a investigação em substituição do juiz Juan José Galeano - acusado de corrupção -, confirmou ter encontrado provas de que o ex-presidente iraniano Hashemi Rafsanjani e seu ministro da Inteligência, Ali Fallahian, estão entre os organizadores dos atentados.
Segundo ele, os atentados foram planejados na cidade de Mashhad, no Irã.
Como resultado da investigação de Nisman, a Argentina solicitou em novembro à Interpol a detenção de Rafsanjani, Fallahian e de vários diplomatas iranianos.
O procurador-geral considera que o Irã tentou subornar vários países, especialmente da África, para que votassem contra o pedido argentino, que, no entanto, foi aprovado pela Interpol.
Ele lembrou que, antes dos atentados, as autoridades do Irã se indignaram quando a Argentina, então sob a Presidência de Carlos Menem, cancelou a cooperação com o programa nuclear de Teerã.
A princípio, as autoridades iranianas tentaram reverter a decisão do Governo de Buenos Aires pedindo uma reconsideração, depois recorreram às ameaças e, finalmente, às operações terroristas, explicou Nisman. UOL Busca - Veja o que já foi publicado com a(s) palavra(s)  |  | |