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Coronavírus: Bolsonaro rifou saúde do povo por seu projeto de poder, analisa Leonardo Sakamoto

25/03/2020 13h41

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) autorizou empresas a suspenderem o pagamento de salários aos seus empregados por quatro meses, mandando-os fazerem cursos on-line em casa durante a pandemia de coronavírus. Diante de um tsunami de críticas, voltou atrás, dizendo que a proposta foi divulgada de forma equivocada.

O que pareceu um erro, na verdade, faz parte do projeto de poder de Bolsonaro. Que protege, sistematicamente, grandes empresários e os donos do dinheiro grosso em detrimento a trabalhadores, desempregados, donos de pequenos negócios. Essa é a avaliação do colunista Leonardo Sakamoto em sua análise semanal para o canal do UOL no YouTube.

De acordo com ele, enquanto democracias do mundo todo estão gastando o que têm e o que não tem para evitar uma catástrofe social devido à passagem do coronavírus, o Brasil está atrasado, com medidas insuficientes para proteger os vulneráveis e, pior, negando a pandemia. O colunista afirma que a tributação dos super-ricos poderia ajudar a manter a dignidade e a saúde de quem tem menos.

"Quem consegue jogar xadrez com a morte e enganá-la por um tempo são os mais ricos. Podem, inclusive, se isolar e pedir comida por aplicativo, que será trazida pelos mais vulneráveis, moradores de comunidades pobres. Sobreviveremos às custas dos outros", afirma.