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Deputado do PT explica notícia-crime contra Bolsonaro: 'Transforma TV Brasil em propriedade privada'

02/08/2021 18h49Atualizada em 02/08/2021 21h32

Em entrevista ao UOL News, o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) comentou o pedido de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por suposta prática de improbidade administrativa, propaganda antecipada e de crime eleitoral no uso da TV Brasil para a transmissão da live da última quinta-feira (29). Para o parlamentar, o presidente transforma a TV Brasil em "praticamente uma propriedade privada".

"Fica evidente que é abuso de autoridade. É uso indevido e mais uma improbidade administrativa", declarou o petista durante o UOL News.

O deputado federal explicou quais os artigos teriam sido infringidos por Bolsonaro, alvo do pedido ao STF. "Estamos pedindo ato de improbidade administrativa, visto que a sua atitude (do presidente), fere o artigo 37 da Constituição. Da mesma forma apurar a propaganda eleitoral antecipada, nos termos do termos do artigo 36B, da Lei 9.504; a apuração do poder político econômico em benefício pessoal e finalmente dos crimes eleitorais dos artigos 323, 32A, do Código Eleitoral, possível prática de divulgação de fake news eleitoral".

O grupo de deputados também pediu apuração sobre os ataques feitos por Bolsonaro ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luis Roberto Barroso.

Bolsonaro fala "bobagens", diz petista

Sobre a proposta de voto impresso, Chinaglia disse que Bolsonaro "pensa, fala e divulga uma série de bobagens". O deputado lembrou ainda que o voto eletrônico já tem 25 anos no Brasil e não há sequer uma fraude confirmada nem suspeição relevante de fraude. "Isso fala por si, mas quando ele procura passar a ideia, e alguns parlamentares também, bem como pessoas que são seguidores do Bolsonaro, eles lançam a suspeição sobre o voto eletrônico, prometendo algo que é infinitamente inferior".

O deputado questiona o fato da suspeita do voto eletrônico, sem haver qualquer garantia de que a versão impressa tenha mais segurança. "A pessoa pode ler o candidato que escolheu (no voto impresso), mas na hora que cai na urna pode haver, por vicio do software um QR Code, que é anulado toda vez que aparecer o nome de algum candidato ou eventualmente um número que resulta em um nome".

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