'Não é raro alguém da equipe ter ataque de pânico': por dentro de UTI lutando contra a covid-19
A BBC visitou um hospital em Londres, no Reino Unido, voltado ao cuidado de pacientes com covid-19, a doença causada pelo coronavírus.
"Fora dois pacientes, todos os outros de que estamos cuidando têm covid-19. Não podemos lidar com um grande aumento [de casos], não temos como", diz Jim Down, médico intensivista do hospital, o University College Hospital London.
Uma parte gigante do hospital foi transformada para lidar com o coronavírus.
"Trabalho com enfermagem em terapia intensiva há 23 anos, e nunca vi nada como isto, nem nos ataques (a bomba de 7 de julho de 2005, que mataram 52 pessoas) em Londres", diz Elaine Thorpe, chefe da enfermagem da UTI do hospital. "Nunca vi isso em um período tão curto e condensado."
Pacientes que chegam com covid-19 têm entre 40 e 70 anos. Muitos têm condições preexistentes ou são idosos, mas também há muitos que são jovens e saudáveis.
Os médicos usam walkie-talkies porque seu equipamento de proteção impede o uso de telefones. Muitos têm crises de pânico porque não conseguem lidar com todo o estresse da situação. Além disso, trabalham em plantões de 12 horas. Sessenta horas por semana é a regra. Preocupam-se com os pacientes, uns com os outros e com suas famílias — e têm medo de levar o vírus para casa.
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