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Governo Dilma ofereceu controle do Conselho de Ética, diz Cunha

O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) disse nesta terça-feira (21) que o governo da presidente afastada, Dilma Rousseff, ofereceu no ano passado o controle do Conselho de Ética da Câmara.
O deputado também fez acusações a adversários políticos e mirou principalmente o ex-ministro da Casa Civil Jaques Wagner (PT) e o presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo (PR-BA).
Cunha afirmou que teve três encontros com Wagner no qual o petista lhe ofereceu os votos do partido para arquivar a representação contra o peemedebista no Conselho de Ética.
Segundo Cunha, Wagner chegou afirmar possuir controle político sobre o presidente do Conselho, devido às relações políticas do petistas com Araújo, ambos com base eleitoral no mesmo Estado.
O apoio do PT seria trocado, segundo afirmou Cunha, pelo arquivamento do principal pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Cunha afirmou que sua decisão sobre o impeachment já estava tomada à época e o documento que instaurou o processo já estava assinado por ele e trancado num cofre na Câmara.
“Esse oferecimento havia sido feito pelo chefe da Casa Civil”, disse Cunha, que chamou de “fantasiosa” a versão segundo a qual ele teria chantageado o PT com a promessa do arquivamento do impeachment. “Até porque a decisão já estava assinada e trancada no cofre”, afirmou.
Essa versão sobre o PT ter lhe chantageado já havia sido apresentada por Cunha em dezembro do ano passado, logo após a decisão de abrir o processo de impeachment. À época, Jaques Wagner negou a acusação.
Nesta terça-feira, Cunha adicionou ao enredo apresentado por ele a informação de que ele teria se reunido com Wagner no Palácio do Jaburu, em uma conversa reservada, onde ambos se encontraram a convite do então vice-presidente Michel Temer. Segundo Cunha, Temer não participou da conversa.
Cunha convocou uma entrevista à imprensa na manhã de hoje. Ao abrir sua fala, o deputado disse que gostaria de voltar a falar com a imprensa para rebater acusações contra ele, o que ele tinha costume de fazer quando ocupava a presidência da Câmara.

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