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Coelho de Jade, o veículo lunar chinês, se apaga após 31 meses

O veículo chinês de exploração lunar Yutu (apelidado de "Coelho de Jade") - AFP PHOTO / CCTV
O veículo chinês de exploração lunar Yutu (apelidado de "Coelho de Jade") Imagem: AFP PHOTO / CCTV

De Pequim

03/08/2016 11h33

O Coelho de Jade, popular veículo lunar chinês, desligou de maneira definitiva depois de uma vida útil que superou todas as expectativas e o tornou um símbolo do país, que acompanhou pela internet todos os problemas superados pelo dispositivo.

O robô, projetado para ter uma vida útil de três meses, percorreu a superfície da lua durante 31 meses, informou a agência oficial Xinhua, que citou a Administração Estatal para a Ciência, Tecnologia e Indústria da Defesa Nacional.

O veículo, um símbolo das aspirações espaciais de Pequim, conseguiu superar muitos problemas técnicos e falhas de fabricação para virar um símbolo nacional da China.

Milhões de internautas participaram no concurso para a escolha do nome, que finalmente foi definido como o o mascote da deusa da Lua na mitologia chinesa.

A missão começou em dezembro de 2013 e pouco depois foram registradas falhas que deixaram os chineses na expectativa. Depois o veículo ficou inativo e deixou de enviar sinais durante a noite lunar, que dura quase duas semanas, período em que a temperatura cai consideravelmente.

Mas o veículo se recuperou, para grande alegria dos seguidores, até que no domingo uma mensagem escrita em primeira pessoa na conta da missão em uma rede social informou que os dias da máquina haviam chegado ao fim.

"Desta vez, chegou a hora de dizer 'Boa noite' para sempre (...) Ainda há muitas perguntas que gostaria de responder, mas de todas as formas sou o coelho que viu mais estrelas".

A mensagem de despedida tinha um link para a canção "Universal Traveler", do grupo de música eletrônica francês Air. A publicação foi compartilhada quase 100.000 vezes.

A China gasta bilhões de dólares com seu programa espacial, que é considerado um símbolo do potencial nacional. Como parte do programa, o país pretende enviar uma missão de exploração ao lado escuro da Lua, uma façanha que representaria um marco histórico.