Empresas americanas se unem para desenvolver novo motor de foguete espacial
A Blue Origin, companhia aeroespacial criada pelo fundador da Amazon, Jeff Bezos, e a ULA (United Launch Alliance), uma joint venture da Boeing e da Lockheed Martin, anunciaram nesta quarta-feira (17) um acordo para desenvolver um novo motor de foguete espacial.
O acordo estabelece um período de quatro anos para o desenvolvimento do motor BE-4, que deverá estar em funcionamento em 2019. Uma réplica do mesmo foi apresentada em uma entrevista coletiva em Washington, da qual participaram Bezos e o presidente da ULA, Tory Bruno.
"É o momento do motor propulsor do século XXI", disse Bezos, que acrescentou que a companhia vem trabalhando no projeto há três anos e garantiu que a Blue Origin prossegue com o desenvolvimento de seu próprio veículo orbital, que deve ficar pronto até "o final desta década".
Bruno afirmou que o novo motor terá custos mais baixos de produção e operação, além de criar "inesgotáveis possibilidades para o futuro dos lançamentos espaciais".
Esse motor poderá ajudar a acabar com a dependência da tecnologia russa utilizada nos foguetes Atlas V, desenvolvidos e operados pela ULA, que usam sistemas de propulsão RD-180, fabricados pela Rússia, na primeira fase do lançamento.
A Força Aérea dos Estados Unidos utiliza esses foguetes para colocar em órbita satélites espiões, o que a levou a examinar alternativas para substituir esses sistemas, devido às sanções econômicas impostas à Rússia após a anexação da Crimeia.
Bruno negou que o BE-4 fosse um "substituto direto" dos sistemas RD-180, mas comentou que o mesmo será utilizado nas próximas gerações de foguetes da "família" Atlas.
O BE-4 utiliza como combustível oxigênio líquido e gás natural liquefeito, e tem potência de 550 mil libras no nível do mar.
O anúncio aconteceu um dia depois que a Nasa divulgou um contrato no valor de US$ 6,8 bilhões para que as companhias Boeing e SpaceX transportem seus astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês), uma tarefa que estava nas mãos do programa espacial russo Soyuz, após o fim do programa dos ônibus espaciais da agência espacial americana em 2011.
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