Topo

Casal que se conheceu pela internet é mais feliz que o da balada

Do UOL, em São Paulo

03/06/2013 16h00

Uma pesquisa com mais de 19 mil norte-americanos indica que a internet é um local bastante romântico. Uma em cada três pessoas disse que conheceu seu parceiro on-line e, melhor, demonstra estar mais feliz do que aquele casal que engatou um namoro após a balada.

John Cacioppo e sua equipe do Centro de Neurociência Cognitiva e Social, da Universidade de Chicago, entrevistaram quase 19,2 mil pessoas que se casaram entre 2005 e 2012 para tentar "mapear" a felicidade norte-americana. O encontro social – e não o on-line – ainda é a maneira mais eficiente para mudar o status do relacionamento. Mas isso não significa encontrar satisfação conjugal, adverte pesquisa do grupo publicada nesta segunda-feira (3) na PNAS, a revista da Academia Americana de Ciências.

É que os casais que se conheceram pela internet reportaram estar ligeiramente mais felizes (5,64%) do que os que se relacionaram longe da telinha do computador (5,48%). Além disso, os casais formados pela web têm, também, o menor índice de separação - 5,96% dos casais 'on-line' contra  7,67% dos casais 'offline'.

Outra parcela que apontou ter um bom relacionamento são os casais que se conhecem há muito tempo, como as que cresceram juntas, ou que frequentam os mesmo lugares, como amigos de escolas ou aqueles que vão na mesma igreja.

Mas procurar por um amor no balcão do bar ou nas reuniões do escritório pode se tornar um fiasco. Os mais insatisfeitos com a vida conjugal, segundo Cacioppo, são os casais formados após um encontro às cegas, que se conheceram melhor após o expediente, além dos formados por pressão da família e os formados na balada.

Os dados mostram que a internet está moldando as dinâmicas sociais e interferindo positivamente nos casamentos, sugere o autor no artigo científico.

No entanto, alguns especialistas discordaram fortemente das descobertas porque o estudo foi encomendado pelo site de relacionamentos eHarmony.com, responsável por um quarto de todos os casamentos on-line, segundo a pesquisa.

Cacioppo admitiu ser um "conselheiro científico pago" pelo site, mas disse que os cientistas seguiram procedimentos fornecidos pelo Jornal da Associação Médica Americana (JAMA, na sigla em inglês) e concordaram em ser supervisionados por estatísticos independentes.