Cratera da Lua foi formada por colisão de proto-planeta, indica estudo
Como surgiram as crateras da Lua? Se você já se perguntou sobre isso, saiba que não é o único. Cientistas pesquisam o tema há várias décadas e nesta quarta-feira (20), um estudo publicado na revista Nature trouxe evidências de que os objetos que atingiram a Lua para formar as crateras e mares (regiões planas/lisas) visíveis da Terra eram muito maiores do que se pensava.
Os novos estudos indicam que em um dos casos o objeto tinha cerca de 250 km de diâmetro, e pode ser um proto-planeta. Até então, acreditava-se que os objetos que colidiram contra a Lua para formar suas maiores crateras tinham, no máximo, 100 km de diâmetro.
Cerca de 80% da superfície lunar é coberta por crateras. Com tamanhos que variam entrem mil quilômetros de diâmetro e apenas um metro de diâmetro.
A nova descoberta terá impacto em modelos de formação e evolução do sistema solar. “Isso implica que o cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter também era, no passado, muito maior e mais denso do que se esperava”, diz Othon Winter, astrônomo e pesquisador da Unesp (Universidade Estadual Paulista).
Proto-planeta
A região lunar de Mare Imbrium (ou Mar de Chuvas, em tradução livre), conhecida como escultura Imbrium, é composta por diversos sulcos dentro de uma cratera de 1.250 km de diâmetro. Peter Schulz e David Crawford, da Universidade de Brown, propõem que essas rachaduras foram criadas por fragmentos do corpo que bateu na Lua criando a cratera gigante.
O novo estudo aponta que entre 3 bilhões e 4,5 bilhões de anos atrás perturbações no cinturão de asteroides que fica entre Marte e Júpiter lançaram objetos sobre a Lua, e eles foram responsáveis por grande parte das crateras e mares que existem em nosso satélite natural.
Os cientistas acreditam que um dos objetos era um proto-planeta, denominação dada a asteroides grandes na época em que os planetas estavam sendo formados. Alguns deles se transformavam em planetas ao colidir com outros enquanto outros se tornaram apenas asteroides que hoje vagam pelo espaço ao redor do Sol, explica Winter.
A análise foi feita a partir de simulações de impacto em laboratório, simulação computacional e observações de imagens da Lua. Os dados permitiram estimar o tamanho do objeto, um proto-planeta com quase a metade do diâmetro do asteroide Vesta, que está atualmente no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter.
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