Controle do Tabagismo

Pulmão

89% dos fumantes brasileiros lamentam ter iniciado o vício

Fumar é cada vez menos popular no Brasil. Hoje, apenas 10,8% dos brasileiros fumam, uma queda de 30,7% no índice de fumantes de 2006 para cá. É um passo importante em um país onde, a cada hora, 23 pessoas morrem em decorrência do tabagismo.

E não é só aqui. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um terço da população adulta do mundo inteiro, ou 1,3 bilhão de pessoas, fuma. O problema é que o cigarro contém mais de 4.720 substâncias tóxicas, além de 43 elementos cancerígenos.

Como resultado, o tabagismo é a principal causa de morte evitável no planeta, matando cinco milhões de pessoas por ano. O fumo também é responsável por 63% das mortes resultantes de doenças crônicas não transmissíveis, 85% dos óbitos por doença pulmonar crônica e 30% dos tipos de câncer, além de ser um fator de risco para uma série de doenças.

Para piorar, deixar o vício de lado é muito difícil. Por conter nicotina em sua composição, o cigarro vicia tanto quanto outras drogas, como álcool, cocaína e heroína. Depois de um certo tempo fumando, a dependência se torna física, psicológica e comportamental.

O ideal, portanto, é nem começar a fumar – e quem fuma sabe disso. Segundo a Pesquisa Internacional de Tabagismo, realizada em homenagem ao Dia Mundial sem Tabaco, lembrado em 31 de maio, a maioria dos brasileiros fumantes (89%) lamenta ter começado a fumar.

  • 10,8% dos brasileiros fumam*
  • 23 pessoas morrem por hora no Brasil em decorrência do tabagismo**
  • O percentual de fumantes caiu 30,7% nos últimos anos*
  • 89% dos fumantes lamentam ter iniciado o vício***

Fontes: *VIGITEL - Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por Inquérito Telefônico
**INCA – Ministério da Saúde ***Pesquisa Internacional de Tabagismo - ITC

Mercado ilegal prejudica a redução do tabagismo

Proibido fumar

Apesar da queda no número de fumantes no Brasil, houve um aumento na proporção de brasileiros que fumam cigarros de origem ilícita. Entre 2008 e 2013, o percentual de fumantes que compram o cigarro no mercado ilegal passou de 2,4% para 3,7%, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

O comércio ilegal representa cerca de 10% das vendas mundiais, ou 600 bilhões de cigarros por ano. Ou seja, é um mercado de grande porte. O problema é que ele interfere diretamente em ações de promoção da saúde cujo objetivo é reduzir a prevalência de fumantes na população.

Um dos principais problemas é a questão do preço: o aumento no preço mínimo de cigarro (atualmente R$ 4,50) ajudou a diminuir o número de brasileiros fumantes. Mas o valor médio dos cigarros no mercado ilegal é menor do que isso, o que pode estimular crianças e adolescentes a começarem a fumar. Sabe-se que 80% dos fumantes iniciam a prática antes dos 18 anos, portanto o comércio ilegal de cigarro é uma porta de entrada perigosa para esses jovens.

Além disso, os cigarros ilegais não mostram as advertências sanitárias - as mensagens sobre os riscos do fumo que aparecem nas embalagens -, nem o telefone do Disque Saúde 136, um serviço para ajudar as pessoas a deixarem de fumar.

  • Comércio ilegal representa 10% das vendas mundiais de cigarro**
  • Percentual de fumantes que usam o mercado ilícito subiu de 2,4% para 3,7%*
  • 80% dos fumantes iniciam o hábito antes dos 18 anos***

Fontes: *INCA **OMS ***Ministério da Saúde

Como diminuir o índice de fumantes

O percentual de fumantes adultos caiu 28% nos últimos oito anos. Como consequência, cerca de 420 mil mortes foram evitadas. Isso é resultado de um conjunto de ações nacionais de controle do tabagismo tocadas desde o final dos anos 1980 pelo Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA).

Com o objetivo de reduzir a prevalência de fumantes e suas consequências, o Programa Nacional de Controle do Tabagismo tem promovido ações educativas, de comunicação, de atenção à saúde e o apoio a adoção e cumprimento de medidas legislativas e econômicas para proteger a população do fumo, do tabagismo passivo, desestimular a iniciação do fumar pelas crianças e jovens e promover a cessação de fumar.

Outras medidas tomadas são a regulação e fiscalização de derivados de tabaco, diversificação da produção em áreas de cultivo de fumo e inclusão dos princípios da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (o primeiro tratado internacional de saúde pública da história da Organização Mundial da Saúde). Com a ratificação desse tratado pelo Brasil em 2005, sua implementação nacional ganhou o status de Política de Estado e o cumprimento de suas medidas e diretrizes tornou-se uma obrigação legal do Governo Brasileiro.

O governo também trabalha na política de preços e impostos para o setor de fumo, combate o mercado ilegal de produtos de tabaco, promove o programa Saber Saúde - ações de promoção de saúde nas escolas -, o tratamento do tabagismo e fixou datas comemorativas, como o Dia Mundial sem Tabaco (31 de maio) e Dia Nacional de Combate ao Fumo (29 de agosto).

  • Percentual de fumantes adultos caiu 28% nos últimos oito anos

    Fonte: VIGITEL - Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por Inquérito Telefônico

  • 420 mil mortes foram evitadas como consequência

    Fonte: Instituto Nacional do Câncer (INCA)

  • 31 de maio comemora-se o Dia Mundial Sem Tabaco

    Fonte: OMS

Três décadas de combate ao fumo

Proibido fumar

Reconhecido internacionalmente pela liderança no controle do tabagismo, o Brasil executou uma série de ações nesse sentido nas últimas três décadas. São elas:

  • 5 de outubro de 1988 - Foi publicado o artigo 220 da Constituição, segundo o qual a publicidade de tabaco está sujeita a restrições legais e deve conter advertência sobre os malefícios do fumo
  • 23 de agosto de 2001 - As embalagens e a publicidade de cigarro começam a incluir advertências sobre os males do tabagismo, com imagens ilustrativas
  • 17 de janeiro de 2003 - A venda na internet de produtos derivados do tabaco é proibida
  • 28 de agosto de 2009 - A comercialização, importação e propaganda do cigarro eletrônico é proibida
  • 5 de abril de 2013 - As diretrizes de cuidado a tabagistas são atualizadas no Sistema Único de Saúde (SUS)
  • 4 de dezembro de 2014 - São regulamentadas as condições de isolamento, ventilação e exaustão do ar em relação à exposição ao fumo, incluindo medidas de proteção ao trabalhador
  • 11 de junho de 1986 - Criou-se o Dia Internacional de Combate ao Fumo, comemorado em 29 de agosto
  • 15 de julho de 1996 - A propaganda do tabaco é proibida por meio eletrônico, merchandising e por patrocínio de eventos esportivos e culturais
  • 7 de novembro de 2002 - É proibida a produção, importação, comercialização, propaganda e distribuição de alimentos na forma produtos derivados do tabaco
  • 2 de janeiro de 2006 - A Organização Mundial de Saúde promulga a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, o primeiro tratado internacional de saúde pública da história da OMS. O Brasil assina a Convenção em 16 de junho do mesmo ano
  • 14 de dezembro de 2011 - É vetada a propaganda comercial de produtos derivados do tabaco no Brasil inteiro, permitindo somente a exposição dos produtos nos locais de venda
  • 31 de maio de 2014 - A proibição de fumar em lugares coletivos é regulamentada, assim como a exposição de produto de tabaco em pontos de venda
  • 1 de janeiro de 2016 - A partir desta data, 30% da parte inferior da face frontal das embalagens de cigarro deverão conter advertências sanitárias sobre os males do cigarro

Este material é um conteúdo publicitário do Ministério da Saúde, e não faz parte do conteúdo jornalístico do UOL