Atualizado às 17h41 Trem pega fogo durante manifestação
Ao menos 11 pessoas ficaram feridas e cerca de 30 mil foram prejudicadas pelo tumulto ocorrido nesta manhã na estação de trem de Nilópolis (RJ), segundo a Super Via, concessionária que administra os trens do Rio.
A circulação de trens no ramal Japeri foi normalizada por volta das 12h50, segundo a SuperVia, A operação estava interrompida desde 7h40 da manhã, após protesto de usuários irritados com um problema operacional que gerou um atraso de 15 minutos, segundo a concessionária. Aproximadamente 120 mil passageiros utilizam o trecho diariamente.
Os manifestantes colocaram fogo entre duas composições. Bombeiros apagaram o fogo por volta das 10h30 e a tropa de choque da Polícia Militar foi enviada ao local. A Força Nacional de Segurança também esteve no local. Não houve confronto.
Sete mulheres e quatro homens ficaram feridas e foram levadas para o hospital municipal Juscelino Kubitschek (Nilópolis). Eles foram medicados, receberam tratamento e já foram liberados, segundo o hospital.
Somente dois pacientes sofreram fraturas ósseas por conta de quedas durante o tumulto, mas também foram liberados. Os outros pacientes se sentiram mal por nervosismo ou por intoxicação pela fumaça liberada pelo fogo, de acordo com o hospital.
Passageiros arremessam cofre de bilheteria em linha férrea em Nilópolis (RJ)
Revoltados com o atraso na circulação de trens e sem a devolução do dinheiro da passagem, passageiros arrancaram o cofre de uma bilheteria e arremessaram na linha férrea da estação de Nilópolis, na Baixada Fluminense.
Na confusão, a bilheteria da estação foi danificada por usuários que tentaram reaver o dinheiro da passagem. Às 11h40, a situação foi controlada, segundo a SuperVia. Entretanto, as estações de Nilópolis e Nova Iguaçu só estão abertas para desembarque. Nas demais estações do ramal, o funcionamento já foi normalizado
A Super Via informou que o embarque será gratuito em todas as estações do ramal de Japeri (de Ricardo de Albuquerque a Paracambi) amanhã até as 10h.
Para Paulo de Tarso Pessanha Ferreira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários, acredita que a revolta dos usuários tenha sido motivada por vários fatores. "O pessoal se sente discriminado porque a qualidade dos trens que circulam ali não é a mesma de outras regiões do Rio. Além disso, os usuários se irritam com atrasos porque já moram longe e encontram dificuldades para chegar ao centro do Rio", diz.
Segundo Ferreira, o sindicato irá aguardar um parecer sobre o ocorrido antes de se manifestar oficialmente.