Assad afirma diante de milhares de seguidores que acabará com conspiração


Damasco, 11 jan (EFE).- O presidente sírio, Bashar al Assad, compareceu nesta quarta-feira em público diante de milhares de seguidores em Damasco e garantiu que vai acabar "com a conspiração" que na sua opinião existe contra a Síria.

"Vamos vencer a conspiração. Eles (os conspiradores) estão agora na última etapa da conspiração", disse Assad, em seu pronunciamento, transmitido pela TV síria.

Em uma breve e incomum aparição pública, o presidente falou a partir de um palco instalado em uma praça no centro da capital, onde seus partidários acenavam bandeiras e exibiam fotografias suas.

"Vim aqui para unir nossas mãos, olhar em direção ao futuro e caminhar em frente, colocar uma mão sobre as reformas e outra sobre a luta contra o terrorismo", explicou o líder, que foi ovacionado pelos manifestantes que gritavam frases de apoio: "com espírito e com sangue nos sacrificaremos, Assad".

O presidente ressaltou que nesta quarta-feira decidiu que vai estar mais presente na praça porque ser considera "um filho da rua" que deseja e quer falar com seus cidadãos.

"O importante é ter confiança no futuro e eu tenho em vocês, porque venceremos sem dúvida nenhuma essa conspiração", afirmou Assad.

Paralelo a manifestação pró-governamental em Damasco ocorreram outras similares em Aleppo, a segunda cidade mais importante do país, na localidade litorânea de Latakia, em Dayr az-Zawr (nordeste), em Deraa e Hasaka (nordeste).

Assad indicou que seu pronunciamento teve o objetivo de agradecer e expressar seu carinho "aos cidadãos que saíram às ruas em praças, cidades, bairros, mesquitas, colégios e universidades para confirmar o arabismo".

O presidente fez referência ao passado da dinastia Omíada (661-750 d.C.), de Damasco, "capital da história e da civilização, no coração dos países do Levante".

Esse discurso de Assad ocorre um dia após de outro na Universidade de Damasco, no qual garantiu que não vai renunciar ao seu cargo e manterá pulso firme contra "os terroristas".

Assad anunciou ontem que fará um plebiscito constitucional na primeira semana de março e que entre maio e junho pretende realizar eleições legislativas.

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