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Abolicionistas, premiados e artistas; veja personalidades negras marcantes

Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Do UOL, em São Paulo

20/11/2016 06h00

Fundador da Academia Brasileira de Letras (ABL), advogado autodidata que defendeu mais de 500 escravos e o líder do movimento em favor das liberdades civis dos negros nos Estados Unidos. Os legados de heróis negros como Machado de Assis, Luís Gama e Martin Luther King, respectivamente, merecem ser lembrados neste Dia da Consciência Negra.

Eles e tantas outras personalidades negras continuam a inspirar quem busca se superar, à revelia do preconceito social e de raça. Confira a história resumida de homens e mulheres negras considerados como exemplos na cultura, na política e até na geografia. 

De Zumbi a Cartola: quem dá orgulho ao Brasil

  • Domínio Público

    Luís Gama

    Patrono da cadeira nº 15 da Academia Paulista de Letras, Luís Gama (1830-1882) atuou como poeta, advogado e jornalista. Filho de Luiza Mahin, uma das principais figuras da Revolta dos Malês, com um fidalgo branco de origem portuguesa, foi vendido como escravo pelo próprio pai, aos 10 anos. Em 1848, Gama fugiu, pois sabia que sua situação era ilegal, já que era filho de mãe livre. Autodidata, tornou-se advogado e iniciou suas atividades contra a escravidão, conseguindo libertar mais de 500 escravos. Leia mais

  • Diego Mendes/BOL

    Zumbi dos Palmares

    Foi o grande líder do quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos, localizado na serra da Barriga (AL). O quilombo dos Palmares foi defendido no século 17 durante anos por Zumbi (1665-1695) contra as expedições militares que pretendiam trazer os negros fugidos novamente para a escravidão. Em 2003, a data da morte de Zumbi dos Palmares, 20 de novembro, foi escolhida para ser o Dia da Consciência Negra. Leia mais

  • Stela Alves/Folhapress

    Milton Santos

    Conquistou, em 1994, o Prêmio Vautrin Lud, o Nobel de Geografia, sendo o único brasileiro a conquistar esse prêmio e o primeiro geógrafo fora do mundo anglo-saxão a realizar tal feito. Santos (1926-2001) ganhou também o Prêmio Jabuti de 1997 de melhor livro de ciências humanas, com "A Natureza do Espaço". Foi professor da USP (Universidade de São Paulo), mas lecionou também em outros países, como a França. Leia mais

  • Divulgação

    Lima Barreto

    Em 1911, Lima Barreto (1881-1922) publicou um de seus romances mais renomados "Triste Fim de Policarpo Quaresma" e, em 1915, a sátira política "Numa e a Ninfa". Mestiço, o escritor e jornalista militou na imprensa contra os preconceitos sociais e de raça, dos quais ele também era vítima. O escritor morreu aos 41 anos, deixando uma obra de 17 volumes, entre contos, memórias, ensaios, crônicas e críticas literárias. Vai ser o homenageado de 2017 na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) Leia mais

  • Divulgação

    Cartola

    Batizado como Angenor de Oliveira, Cartola (1908-1980) foi um dos fundadores da Estação Primeira de Mangueira, segunda escola de samba do Rio de Janeiro, em 1928. Ele escolheu as cores --verde e rosa-- e passou a ser o diretor de harmonia da agremiação. Cartola é o compositor de canções-símbolo do samba como "As Rosas Não Falam" e "O Mundo É um Moinho". Leia mais

  • Reprodução

    Aleijadinho

    Filho de um português com uma africana, foi batizado de Antônio Francisco Lisboa. Aleijadinho (1738-1814) sofreu preconceitos por ser mestiço. Escultor de imagens religiosas, se tornou conhecido pelo requinte em obras feitas com pedra-sabão. O conjunto de estátuas conhecido como o Adro dos Profetas, situado na Igreja de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas (MG), é um dos trabalhos mais conhecidos do artista. Leia mais

  • Reprodução

    Machado de Assis

    Principal nome do realismo literário, Machado de Assis (1839-1908) também foi o fundador da ABL (Academia Brasileira de Letras) e o primeiro presidente da organização. A obra de Assis constitui-se de romances, peças teatrais, contos e crônicas. "Quincas Borba", "Dom Casmurro" e "O Alienista" estão entre seus livros mais aclamados. Leia mais

Discípulos do discurso "Eu Tenho um Sonho"

  • Manuscript Division, Library of Congress, Washington, D.C.

    Rosa Parks

    Rosa Parks (1913-2005) foi símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Em 1º de dezembro de 1955, a costureira americana se negou a ceder seu lugar a um homem branco em um ônibus em Montgomery (Alabama), onde regiam leis de segregação racial. Leia mais

  • AFP

    Nelson Mandela

    Nelson Mandela (1918-2013) foi um líder rebelde e, posteriormente, presidente da África do Sul de 1994 a 1999. Seu nome verdadeiro é Rolihlahla Madiba Mandela. Principal representante do movimento contra o apartheid, considerado pelo povo um guerreiro em luta pela liberdade, era tido pelo governo sul-africano como um terrorista e passou quase três décadas na cadeia. Mandela e o Frederik de Klerk, que também foi presidente da África do Sul, dividiram o Prêmio Nobel da Paz, em 1993. Leia mais

  • AFP

    Martin Luther King

    "Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados pelo caráter, e não pela cor da pele." Este é um trecho do famoso discurso de Martin Luther King (1929-1968) em Washington (EUA), pronunciado em 28 de agosto de 1963. Das manifestações contra a segregação racial, lideradas por King, nasceram a Lei dos Direitos Civis, de 1964, e a Lei dos Direitos de Voto, de 1965. Ganhador do Prêmio Nobel da Paz, o pastor seguia a linha de Mahatma Gandhi de defender os direitos civis por vias pacíficas. Em abril de 1968, foi assassinado a tiros por um opositor. Leia mais

  • Saul Loeb/AP

    Barack Obama

    Político norte-americano, Barack Hussein Obama Jr., eleito presidente dos Estados Unidos em novembro de 2008, é o primeiro negro a conquistar o comando do país. Obama, 55, termina o segundo mandato neste ano com atos marcantes como a retomada das relações diplomáticas com Cuba, a reforma do sistema de saúde nos EUA e a legalização do casamento gay. Leia mais