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Em Curitiba, mulher agride funcionária em posto de saúde após espera de mais de quatro horas

Rafael Moro Martins<BR>Especial para o UOL Notícias<BR>Em Curitiba

09/11/2011 14h05

Uma mulher foi presa nesta terça-feira (8) à noite, no Sítio Cercado, zona sul de Curitiba, após agredir a funcionária de um posto de saúde da prefeitura. Ela disse aos policiais que perdeu a paciência após uma pessoa que ela acompanhava esperar por mais de quatro horas por atendimento.

Em entrevista ao UOL Notícias, o coordenador técnico do Serviço de Urgência e Emergência da Prefeitura de Curitiba, Luiz Girardello, disse que é a segunda vez que a mulher, cuja identidade não foi revelada, agrediu funcionários do posto. “Ela já foi detida uma vez por isso.”

Segundo Girardello, a mulher, de aproximadamente 50 anos, avançou sobre uma das atendentes do posto, aos gritos, agarrou-a pelos cabelos e empurrou um dos computadores da recepção ao chão. Detida por guardas municipais, ela foi encaminhada a uma delegacia de plantão, onde foi ouvida e liberada.

A prefeitura informou que a mulher será indiciada por danos ao patrimônio, lesão corporal e desacato à autoridade, pois teria resistido à prisão.

No momento da agressão, 70 pacientes esperavam atendimento no posto, com demora estimada pela prefeitura em quatro horas. Girardello afirmou que nenhum deles era caso de urgência ou emergência. “Eram atendimentos eletivos”, disse. Os dez médicos que trabalham na unidade estavam presentes.

Girardello negou que a agressora tenha esperado mais de quatro horas. “O paciente que estava havia mais tempo na unidade chegou ali pouco depois das 18 horas, e o incidente ocorreu às 22 horas.” Ele não soube informar, porém, por quanto tempo a agressora aguardou atendimento.

De acordo com o coordenador, a espera se devia à procura excessiva. Ele admitiu, entretanto, que a espera de quatro horas “não está acima de uma meta”. “Procuramos atender todos em até quatro horas, mas não divulgamos um tempo específico para o atendimento, para não gerar ansiedade nos pacientes.”