"Estou me sentindo num campo de batalha", diz morador de Pinheirinho
Mais de 600 famílias que moravam na favela do Pinheirinho, em São José dos Campos (97 km de São Paulo), estão abrigadas em um ginásio esportivo e em uma escola municipal após a operação de reintegração de posse ocorrida no domingo (22).
No fim do dia, moradores continuavam deixando o acampamento e eram direcionadas pela triagem nas tendas montadas pela prefeitura em um centro comunitário do bairro.
O morador da favela Nivaldo Melo, 42 , disse ao UOL por telefone que foi encaminhado para o salão de uma igreja no bairro Campos dos Alemães, vizinho ao Pinheirinho, na zona sul de São José dos Campos. Ele passará a noite no local ao lado da família.
Após uma trégua no confronto entre civis e policiais militares durante reintegração de posse, o clima voltou a ficar tenso. Mais um carro foi incendiado durante a noite, ao todo nove veículos queimados pela população.
Já são mais de quinze horas de confronto. Desde as 6h30, a Polícia Militar realiza uma megaoperação para desocupar uma área de 1,3 milhão de metros quadrados.
Com relação a um jovem baleado durante ação, a PM informou que o caso foi isolado. A área, segundo a polícia, foi ocupada durante 40 minutos. A PM diz acreditar que até amanhã desta segunda-feira (23) a reintegração será totalmente cumprida e a área entregue ao proprietário.
“A situação foi extremamente inconstitucional. A violência foi a base para esta desocupação. Injusto. O que e a maneira como foi feita deverá ser analisada pela Justiça”, disse o presidente do PSTU, José Maria.
À noite, a situação no centro de triagem estava tranquila. A PM fechou o acesso às ruas do entorno e está fazendo o policiamento no local.
Amanhã pela manhã o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região fará um ato na praça Afonso Pena, no centro da cidade, às 9h.
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