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Conselho pede mudança em comercial de azeite acusado de racismo

Anúncio do azeite Gallo chama produto de "rico" e embalagem escura de "segurança" - Reprodução
Anúncio do azeite Gallo chama produto de "rico" e embalagem escura de "segurança" Imagem: Reprodução

Do UOL, em Brasília

09/03/2012 15h36Atualizada em 09/03/2012 16h14

O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) sugeriu nesta sexta-feira (9) que a fabricante do azeite Gallo altere o título de uma propaganda em que chama o produto de "rico" e a embalagem escura de "segurança".

O anúncio, exibido em revistas e jornais, foi acusado de promover racismo e deve ser mudado imediatamente, segundo o órgão –embora nenhuma pena seja prevista se isso não acontecer.

Ao analisar o caso, o Conar não considerou a peça publicitária racista, mas afirmou que a apresentação da propaganda pode levar a essa conclusão. A crítica de entidades negras é de que houve preconceito na associação da embalagem escura com o trabalho dos seguranças, em contraposição ao azeite "rico".

A empresa já foi notificada para modificar as propagandas, mas ainda não deu prazo para que isso aconteça. O Conar não tem poder para remover anúncios, mas sim para julgá-los conforme preceitos éticos. Se necessário, o conselho faz recomendações.

A AlmapBBDO, agência de publicidade responsável pelo anúncio, divulgou em nota à imprensa que recebeu a informação de que o anúncio criado para o azeite Gallo não foi considerado racista, porém pode dar margem a outras interpretações, por isso deverá ser alterado.

"Muito embora não tenha recebido o teor oficial da decisão do Conar até o presente momento e como o anúncio foi veiculado no ano passado e não voltará à mídia, a agência não pretende recorrer da decisão do Conar", afirma o comunicado.