'Desisti da Dilma, agora quero conhecer a Xuxa', afirma mulher que se dizia 'marido' da presidente
“Desisti da Dilma, agora quero conhecer a Xuxa”, afirmou, em entrevista exclusiva ao UOL, nesta segunda-feira (26), a campineira Edmeire Celestino da Silva, de 29 anos, que se autointitulava ‘marido’ da presidente. "Pra mim, a Dilma é uma pessoa verdadeira, por isso gosto dela desde os 14 anos, mas infelizmente, ela não me quer mais", disse.
De volta a Campinas (93 km de São Paulo) depois de passar quase dois meses perambulando pelas ruas de Brasília para tentar um encontro com a presidente Dilma Rousseff, Edmeire disse viver uma fase boa.
Apesar de sofrer alterações de humor, ela conversa bem, dirige, brinca, ironiza e faz até piadas de si mesma: “A Dilma me convidou três vezes para me encontrar com ela, mas, como demorou muito, fui eu quem não quis mais o encontro. Foi a própria Dilma que pagou minha passagem de volta.”
De acordo com a mãe de Edmeire, Neusa Ferreira da Silva, a filha voltou de Brasília após passar por tratamento em um hospital do Distrito Federal. "Eu achava que ela não desistiria. Estava muito preocupada, agora estou aliviada.”
“Ela ainda oscila bastante o humor e a opinião. Ao menos agora está por aqui. Ela diz que a Dilma pagou sua passagem de volta. Mas na verdade, quem mandou o dinheiro fui eu", disse a mãe. Edmeire precisa do tratamento, pois sofre de transtorno bipolar.
Depois de passar pelo tratamento em Brasília, Edmeire resolveu voltar a Campinas por vontade própria, para, segundo disse, retomar a vida. “Já estou retomando o trabalho na barraca e voltei para o Centro de Atendimento Psicossocial (CAPs).”
A jovem é dona de uma barraca de sucos no Jardim Nova Europa, em Campinas, mas quem cuida do local é Neusa, já que a doença faz com que a filha tenha oscilações de humor e comportamento. No CAPs, ela faz tratamento para o transtorno.
Entenda
O caso de Edmeire tomou repercussão nacional no dia 11 de setembro, quando ela chegou ao Palácio do Planalto, em Brasília, subiu a rampa e disse que queria falar com Dilma. Edmeire vestia roupas masculinas e se apresentava como “marido da presidente”.
Os seguranças da Guarda Presidencial tentaram impedi-la de entrar, mas ela insistiu, e os seguranças foram obrigados a detê-la disparando dois tiros de festim e retirando-a de lá à força. De acordo com a assessoria de imprensa da Superintendência Regional da Polícia Federal, em Brasília, o pessoal da segurança achava que se tratava de um homem.
O sexo de Edmeire só foi descoberto no Hospital das Forças Armadas, para onde foi encaminhada e medicada. Após a liberação, a moça foi encaminhada à PF, onde foi feito um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO) por perturbação de sossego.
Uma semana depois, Edmeire foi vista nas redondezas do Palácio novamente, mas não foi detida porque não adotou nenhuma conduta agressiva.
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