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PM afasta 8 policiais que estavam na ação que levou à morte de Eduardo

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

07/04/2015 13h57Atualizada em 07/04/2015 18h15

A Polícia Militar do Rio de Janeiro afastou oito policiais que participaram da ação que resultou na morte do estudante Eduardo de Jesus Ferreira, 10, baleado na cabeça na última quinta-feira (2), no Complexo do Alemão, na zona norte da capital fluminense. Dois deles foram afastados totalmente das funções por suspeita de serem os autores dos tiros no local. Os outros seis, que também participaram da ação policial, estão à disposição da polícia para esclarecimentos e, por isso, limitados a serviços internos na corporação.

Segundo o relações-públicas das UPPs, major Marcelo Corbage, a medida foi tomada para não atrapalhar a investigação da DH (Divisão de Homicídios). "A Polícia Civil poderá ir ao Alemão quantas vezes for necessário. Vamos dar todo o apoio e segurança para que possamos ajudar nas investigações", disse o oficial. "Afastamos todos os policiais envolvidos. Oito policiais foram afastados."

De acordo com o titular da especializada, delegado Rivaldo Barbosa, 16 pessoas já prestaram depoimento na DH, sendo 11 policiais, incluindo os oito afastados pelo comando da corporação.

Além do caso de Eduardo, a DH investiga paralelamente a morte da dona de casa Elizabeth de Moura Francisco, 40, também moradora do Complexo do Alemão. As duas vítimas foram atingidas por disparos de arma de fogo resultantes da mesma ação policial.

Barbosa disse que a polícia continuará ouvindo depoimentos até a próxima semana, quando deve ocorrer uma reconstituição dos dois crimes. O delegado aguarda o retorno dos pais de Eduardo, que viajaram ao Piauí para enterrar o corpo do menino, para que eles prestem novo depoimento.

"Estamos só esperando a volta dos pais para aprofundar a investigação. Com todos os depoimentos e as provas periciais, vamos partir para a reprodução simulada, que se faz imprescindível", afirmou.

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