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Rebeliões marcam mudança na antiga Febem; veja como é a rotina dos jovens

Do UOL, em São Paulo

28/04/2015 06h00

As rebeliões comuns na antiga Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) foram o marco para que fosse criada a Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente), que adotou uma política de ressocialização para menores de 18 anos com um acompanhamento multidisciplinar envolvendo médicos, psicólogos e educadores.

Os profissionais desenvolvem uma série de atividades para os internos, como cursos de iniciação profissional, educação formal e lazer.

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Cursos como culinária, informática, "envelopamento" de móveis e automóveis são exemplos de algumas alternativas que jovens infratores têm na unidade da Fundação Casa de Atibaia (64 km de São Paulo).

Parte da mudança veio com a troca no modo de gestão das unidades, que agora é compartilhada, no caso de Atibaia, com uma ONG (organização não governamental), responsável pelas atividades socioeducativas. A Fundação Casa, por sua vez, fornece a estrutura física e de segurança da unidade.

Eduardo, 17, foi levado para a fundação após ser detido pela política por roubo e tráfico de drogas. Para ele, a internação, os cursos e os conselhos dos profissionais durante sua internação são vistos como uma "segunda chance".

A diretora da unidade de Atibaia, Marili Angelo, diz que a rotina dos internos começa às 6h e se estende até as 21h. Pela manhã, os jovens estudam e no período da tarde são feitas as demais atividades.

A mudança na estrutura ajudou a diminuir o número de rebeliões. Em 2003, ainda como Febem, foram 80 rebeliões.

Dez anos mais tarde, já como Fundação Casa, o número de rebeliões caiu para oito, mesmo com a entidade registrando problemas como superlotação e violência em algumas unidades.

Atualmente, a Fundação Casa atende, em todo o Estado de São Paulo, 9.909 menores infratores e seu trabalho é subordinado à Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania.

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