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Polícia prende acusada de matar mãe adotiva com veneno para rato em BH

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

16/07/2015 18h12

A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu em flagrante nesta quinta-feira (16) uma mulher acusada de ter matado a mãe adotiva, uma idosa de 84 anos, usando veneno para matar ratos, na casa da vítima, localizada no bairro Salgado Filho, região oeste de Belo Horizonte.

O crime, segundo a investigação, ocorreu na terça-feira passada (14), mas só foi descoberto ontem.

Conforme a polícia, Aparecida Jordão de Carvalho, 47, será indiciada por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.

A filha da suspeita acionou a polícia, nesta quarta-feira (15), alegando que estava sendo impedida pela mãe de entrar no imóvel. De acordo com a versão da jovem, ela desconfiou que algo pudesse ter ocorrido com a avó, que estava sob os cuidados da acusada.

Segundo testemunhas, Aparecida tem histórico de maus-tratos contra a mãe adotiva e ainda foi acusada de se apossar da aposentadoria dela.

O corpo da idosa foi localizado dentro de um banheiro da casa. Na delegacia, Aparecida Jordão de Carvalho, 47, teria dito aos policiais que a casa da mãe estava infestada de ratos e, por esse motivo, ela deixou um pedaço de queijo, em cima da mesa, e no qual introduziu o veneno para matar ratos. A mulher mora em outra casa, no mesmo lote em que a vítima vivia.

Segundo o relato da polícia, Aparecida teria dito que a mãe a procurou à noite, no dia 14, dizendo que estava sentindo fortes dores no estômago. Ela disse ter ido à casa da vítima e percebido que ela havia ingerido o pedaço do alimento.

Após a mulher ter morrido, a polícia acusa Aparecida de ter limpado o corpo da idosa e o escondido no cômodo onde os investigadores o encontraram.

O chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Osvaldo Wiermann, disse acreditar que a suspeita lavou o corpo da vítima em razão dos efeitos causados pela ingestão da substância tóxica, que pode provocar sudorese, diarreia e vômito.

Acusada diz que não acionou socorro médico porque "ninguém acreditaria em sua versão"

Os investigadores que cuidam do caso disseram ter ouvido de Aparecida que ela não acionou socorro médico para a mãe por ter afirmado que ninguém acreditaria na sua versão, dado o histórico de denúncias de maus-tratos que pesava contra ela.

Segundo a assessoria da Polícia Civil, a mulher disse ter tido ainda a intenção de ganhar tempo até conseguir contato com um advogado. A polícia não soube informar se ela conseguiu constituir um defensor para o caso.