Porque mesmo com inglês fluente está tão difícil conseguir uma recolocação no mercado de trabalho?O inglês praticamente virou habitual para a maioria dos cargos, e nem sempre ele qualifica ou desqualifica um profissional. Em alguns processos seletivos, as empresas têm avaliado, além das habilidades técnicas, as habilidades emocionais. Capacidade de comunicação e bom relacionamento interpessoal são habilidades imprescindíveis, por exemplo.
Se, numa disputa seletiva, há um profissional com inglês e todas as capacidades técnicas, porém nenhuma emocional, e outro candidato sem inglês, com todas as habilidades técnicas, porém com alto poder de lidar com pessoas, certamente passará o segundo. Afinal, habilidades técnicas a empresa pode ensinar (ou pagar um curso), já a capacidade de comunicação e relacionamento é algo que o profissional tem ou não tem. É muito mais difícil para a empresa ministrar esse tipo de habilidade.
Como o futuro são as pessoas, os profissionais que investem não somente nos cursos técnicos, mas percebem que estamos vivendo uma nova era da maneira de se trabalhar, com certeza terão maior destaque.
Algumas dicas para sair na frente em 2009 na hora de se recolocar no mercado de trabalho:
- Invista no seu desenvolvimento pessoal. Há diversos cursos ligados à comunicação, redação e expressão oral. Muitos se preocupam apenas com a língua inglesa, mas se esquecem da língua portuguesa. Ainda vejo muitos erros absurdos na escrita e na fala de muitos profissionais.
- Nunca pare de estudar. Participe de congressos, fóruns, cursos, tudo o que for disponível na sua área. Além de reciclar seus conhecimentos, aumentará o seu "networking", e as chances de conseguir uma recolocação serão mais favoráveis. Se alguém tiver uma vaga aberta, irá se lembrar de você.
- Reavalie seu currículo na Internet. Na revolução da rede mundial de computadores, ele certamente é o seu cartão de visitas na hora de conquistar um emprego.
- Mantenha-se sempre atualizado. Leia jornais, revistas e livros. Saiba o que está acontecendo no mundo. As empresas valorizam profissionais pensantes. Hoje, buscam-se cérebros, formadores de opinião e gente que possa agregar valor à corporação; afinal, as máquinas elas já têm. Há corporações que aplicam testes de conhecimentos gerais antes dos técnicos, por exemplo. Logo, os mais antenados saem na frente.
Adriano Meirinho, diretor da empresa de recursos humanos Catho OnlineVeja as respostas das outras perguntas escolhidas em janeiro: Vale a pena cadastrar currículo nos sites das empresas?Se o selecionador pedir uma redação com tema livre, o que escrevo?Preciso de orientação para a entrevista de empregoComo se comportar na dinâmica?Não consigo emprego na área ambiental