Topo

Vista com fatalismo, fusão traz oportunidades para funcionários

Especial para o UOL

11/08/2015 06h00

Semana passada, o noticiário foi tomado pela manchete da compra do HSBC pelo Bradesco. A partir de agora, os olhares se voltam para os próximos passos dessa operação. Seja nessa, ou em qualquer outra fusão, o pensamento que domina a mente dos funcionários é um só: qual será o meu destino? A insegurança e a ansiedade são muito comuns em situações como essa, mas não há motivo para o desespero.

Após uma fusão, é comum que nada mude de imediato para os funcionários. Sempre há uma reestruturação que, geralmente, leva um tempo, e pode ser o período necessário para o profissional tomar uma decisão de carreira.

Quem já estava em busca por uma nova oportunidade, tende a manter o plano. Aquele que estava se desenvolvendo internamente e desejava seguir na empresa precisa avaliar alguns pontos: qual foi meu desempenho nos últimos anos, atingi, superei ou fiquei aquém das metas? Qual o tamanho do meu departamento? Qual minha participação nos resultados da minha área? Qual a importância da minha cadeira dentro da minha estrutura? é possível que haja sobreposição de funções? Qual meu diferencial dentro da minha equipe? E os valores e a cultura da nova empresa estão de acordo com os meus? Uma avaliação sincera desses aspectos trará a resposta para o seu futuro, independente do que a empresa decida a seu respeito.

No relacionamento com outras equipes, colocar-se no lugar do outro e agir com humildade é essencial. Agir com arrogância e prepotência só porque é o "comprador" não faz de você um profissional mais competente ou capaz. Há pessoas talentosas dos dois lados e o trabalho conjunto dá muito mais frutos do que quando feito isoladamente.

As gestões modernas são baseadas na meritocracia, desenvolvimento de talentos e aperfeiçoamento constante. Dessa forma, tendem a permanecer na companhia os melhores profissionais. Sejam eles provenientes da empresa comprada ou da compradora. Não há garantias para nenhum dos lados, assim como nenhum deles está fadado à exclusão total.

Mais do que pensar nos fatalismos de uma fusão, esse é um momento de focar-se nas oportunidades que podem surgir. Mesmo que a decisão não seja a de permanecer na empresa por muito mais tempo, participar de um processo de integração é sempre valioso para o currículo.

No final de tudo, o que deve ser levando em conta é que profissionais que participam desse processo saem mais fortes e bem preparados para enfrentar qualquer outro desafio no mercado.

  • O texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
  • Para enviar seu artigo, escreva para uolopiniao@uol.com.br