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Querer transar várias vezes ao dia nem sempre significa vício em sexo

Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Do UOL

Em São Paulo

11/04/2013 06h00

Algumas celebridades já admitiram publicamente que eram viciadas em sexo, como o golfista Tiger Woods e o ator David Duchovny, que chegaram a se internar para tratar o problema.

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  • http://noticias.uol.com.br/enquetes/2013/04/10/se-dependesse-so-de-voce-com-que-frequencia-faria-sexo.js

Para muita gente, falar em dependência em situações como as vividas por esses famosos é apenas uma forma de justificar um escândalo sexual e diminuir o impacto na imagem. Mas o fato é que a compulsão por sexo existe e requer tratamento. 

Nesta edição do @saúde, o colunista do UOL Jairo Bouer explica o que diferencia uma pessoa com grande apetite sexual por um dependente em sexo. O principal critério - assim como no caso do vício por jogo, compras ou comida - é o impacto que o comportamento tem sobre a vida da pessoa.

"Assim, se a pessoa só consegue pensar em sexo e tem um prejuízo na sua vida pessoal, no campo afetivo, profissional ou de amizades, tudo isso pode sinalizar um desejo que está fugindo do normal", diz.

Jairo cita como exemplo de dependência pessoas que passam horas na internet buscando sexo, que têm vários encontros sexuais durante o dia e que estão sempre frustradas, com a sensação de que nunca é o bastante.

Mas ele avisa: não é só porque uma pessoa quer transar com o parceiro várias vezes no mesmo dia que ela é viciada em sexo. "O que caracteriza a dependência é o descontrole", relata.

Em geral, ele conta, viciados em sexo só chegam ao consultório depois que o companheiro ou companheira percebem que há um exagero e começam a reclamar. 

O tratamento é baseado na psicoterapia e, muitas vezes, no uso de medicamentos para controlar os impulsos. "Mais do que isso, a pessoa tem que aprender a administrar o desejo", finaliza o colunista.