Chora, EUA! Mesmo boicotada, Huawei bate recorde de venda de smartphones
O ano não foi fácil para a Huawei, alvo de uma onda de boicote por parte dos Estados Unidos que conseguiu convencer países aliados a deixarem de usar equipamentos de telecomunicação da gigante chinesa. Ainda assim, a empresa tem o que comemorar: bateu seu recorde ao vender 200 milhões de smartphones em 2018.
Segundo a empresa, esse resultado foi alcançado graças aos sucessos de aparelhos como P20, Honor 10 e o Mate 20.
A marca ainda vai aumentar, já que o ano ainda não terminou, mas já é 32% maior que os 153 milhões de celulares vendidos pela Huawei no ano passado.
A chinesa lembra ainda que há oito anos conseguia vender apenas 3 milhões de aparelhos:
No mercado global de smartphones, a Huawei foi de ser descartada estatisticamente como 'outra' até passar a ser listada entre as três principais empresas do mundo
O recorde de vendas vem na esteira de outro feito da Huawei. Durante o segundo e terceiro trimestres de ano, a empresa ultrapassou a Apple e se tornou a vice-líder em vendas globais de smartphone.
A Huawei acelerou a adoção de novas tecnologias neste ano, focando em inteligência artificial
Mo Ji, analista da consultoria Canalys
A chinesa perdeu apenas para a Samsung. Entre abril e junho, por exemplo, ficou a 19 milhões de smartphones de tomar a coroa da sul-coreana.
A Huawei não revela quantas unidades foram vendidas de cada uma de suas linhas. Mas dá alguns indicativos de quais foram bem. A série P20 conquistou as mulheres e já vendeu 16 milhões de aparelhos. Já a Mate 20, que possui o processador mais sofisticado já criado pela chinesa, vendeu 5 milhões de smartphones.
O que foi sucesso mesmo, no entanto, foram os aparelhos da série "nova": 65 milhões de unidades vendidas e ainda ganhou o apelido de "celular para selfie mais popular de 2018".
Segundo a chinesa, mais de 500 milhões de consumidores em mais de 170 países usam seus celulares.
Olhando para o futuro, o negócio da Huawei voltado a consumidores focará no conceito central de 'consumidorcêntrico', ousará continuar a inovar e fará ainda mais esforços para se tornar pioneira e líder na próxima onda da revolução de smartphones
Richard Yu, CEO da área de consumo da Huawei
Ainda que esteja comemorando o recorde de vendas de celulares, a Huawei continua passando um tremendo sufoco em outro campo de negócios: o das telecomunicações.
Boicote dos EUA
Os Estados Unidos levantaram dúvidas sobre a segurança dos aparelhos da Huawei. Para o governo norte-americano, os laços da empresa com o governo chinês podem ser usados para promover espionagem cibernética. Devido a essa suspeita, os norte-americanos impediram que aparelhos da chinesa fossem comprados e iniciaram uma onda de boicote à empresa pelo mundo.
Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Japão compunham a lista até a francesa Orange anunciar que vai recorrer a rivais da Huawei, Nokia e Ericsson. O caso dos britânicos é curioso, já que a Huawei abriu um laboratório de pesquisa na região para que as autoridades pudessem inspecionar aparelhos e códigos em busca de algum indicativo de que favorecessem algum monitoramento por parte do governo chinês.
Depois disso, a Deutscke Telekom anunciou que também avaliaria se consideraria ou não os equipamentos da chinesa em suas aquisições futuras. Com ela é a maior operadora de telecomunicação da Europa, isso poderia significar que o boicote à Huawei se estenderia a mais 12 países.
Em paralelo à preocupação levantada sobre a segurança dos aparelhos da Huawei, os norte-americanos ainda acusam a chinesa de ter furado o embargo imposto ao Irã e ter vendido ao país aparelhos que continham propriedade intelectual de companhias dos EUA.
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