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Mulher de Zuckerberg defende taxar mais ricos; o que já rolou na SXSW 2019

Priscilla Chan, mulher de Mark Zuckerberg, defendeu taxar mais ricos - Sergio Flores/Reuters
Priscilla Chan, mulher de Mark Zuckerberg, defendeu taxar mais ricos Imagem: Sergio Flores/Reuters

Gabriel Francisco Ribeiro

Do UOL, em São Paulo

09/03/2019 12h43

Cofundadora da iniciativa Chan Zuckerberg, Priscilla Chan defendeu cobrar mais impostos dos mais ricos durante participação na conferência anual South by Southwest (SXSW), que começou a rolar na última sexta (8) em Austin, Estados Unidos.

A declaração da mulher de Mark Zuckerberg, a oitava pessoa mais rica do planeta segundo a Forbes, ocorreu em meio a seu painel no evento, em entrevista à jornalista da CNN Poppy Harlow. Perguntada se apoiava impostos maiores para os mais ricos, a médica se mostrou favorável.

"Para as pessoas que podem, pagar mais impostos não é uma coisa ruim. Nós deveríamos estar fazendo isso", apontou, segundo a CNBC.

A repórter ainda perguntou se Chan apoiava a proposta da democrata em ascensão Alexandria Ocasio-Cortez, que puxa para uma alíquota de 70% sobre a renda para quem ganha acima de US$ 10 milhões. A mulher de Zuckerberg, contudo, saiu pela tangente ao dizer que não conhece a proposta profundamente.

A South by Southwest é uma conferência anual que mistura um pouco de tudo: tecnologia, cultura, política, sociedade e muito mais. Ela costuma atrair grandes nomes da indústria em diversos segmentos.

Veja o que mais já rolou na SXSW 2019 até agora:

A guerra dos streamings

O executivo Jeff Katzenberg, ex-presidente da Disney e cofundador da DreamWorks, comentou um pouco sobre a guerra entre os serviços de streaming. Atualmente, vários canais e criadores de conteúdo tentam seguir os passos da Netflix na busca por clientes - o que pode tornar streamings mais caros do que a TV a cabo.

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Uma das empresas que mais promete agitar o mercado é a Disney, com seu serviço que para Katzenberg tem condições de ser vencedor "em adição à Netflix". O executivo diz que é provável que tenha mais de um vencedor no mercado, já que as pessoas pagam atualmente US$ 120 pela TV a cabo e, por isso, podem optar por mais de um serviço.

O próprio Katzenberg está lançando um serviço de streaming próprio, chamado Quibi. Ele apontou esperar que o produto seja o sinônimo de vídeos curtos da mesma forma que o "Google é para buscas". Além disso, afirmou que entre atrações confirmadas estão uma série com a cantora Jennifer Lopez e uma sobre a história de Evan Spiegel, criador do Snapchat, segundo a CNN.

Futuro do jornalismo

O futuro do jornalismo também foi tema de alguns painéis no primeiro dia da SXSW 2019. De acordo com a CNN, Jonah Perotti, um dos fundadores do Buzzfeed, afirmou em sua conferência que tem um objetivo atual nada simples: salvar a internet.

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Leia a entrevista

O dono da publicação, que passou recentemente por crise e demitiu centenas de pessoas, lembrou que as companhias de tecnologia e a internet em geral tiveram um ano difícil com fake news e trolls. Por isso, quer melhorar o ambiente online. Um dos pontos feitos pelo site foi transformar seus repórteres em influenciadores e criadores para gerar conexão humana com leitores.

Já a conversa entre o correspondente sênior de mídia da CNN Brian Stelter e o editor-executivo do Recode Peter Kafka gerou ideias para o jornalismo. Stelter apontou estar pensando em novas plataformas para se conectar com telespectadores melhores do que o Twitter e disse que empresas de mídia como a CNN deveriam construir ferramentas para não dependerem de Facebook e Twitter.

Gêmeos que processaram Zuckerberg

Outro painel do festival contou com os irmãos gêmeos Tyler e Cameron Winklevoss, famosos por processarem Mark Zuckerberg como mostrado no filme 'A Rede Social'. Eles são donos da Gemini Trust, que trabalha com criptomoedas, e pediram por mais confiança e regulamentação no setor.

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"Tem muitas carcaças no caminho das criptomoedas que nós vimos e aprendemos. No fim das contas, é na verdade uma questão de problema de confiança. Você precisa de algum tipo de regulamentação para promover benefícios positivos", apontou Cameron Winklevoss, segundo a Bloomberg.

O mercado de criptomoedas, vistas por alguns como o futuro, é marcado pela alta volatilidade. A mais famosa delas, o bitcoin, teve queda de 78% desde seu pico em dezembro de 2017.