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EUA investigam 14 casos de zika transmitidos sexualmente

Pablo Wegrzyn/Noticias Argentinas/AFP
Imagem: Pablo Wegrzyn/Noticias Argentinas/AFP

Em Buenos Aires

23/02/2015 21h57

Miami, 23 Fev 2016 (AFP) - As autoridades sanitárias norte-americanas anunciaram nesta terça-feira que investigam 14 novos casos do vírus da zika nos Estados Unidos que podem ter sido transmitidos por via sexual.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) informaram que vários dos casos envolvem mulheres grávidas, consideradas como de maior risco já que o vírus está relacionado a casos de má-formações em crianças recém-nascidas.

A agência norte-americana reforçou a orientação para o uso de preservativos ou abstenção de atividade sexual caso uma pessoa viva ou viaje para algum dos mais de 20 países da América Latina e do Caribe onde a zika está presente.

"Em todos os casos nos quais há informação disponível, os viajantes foram homens e informaram sintomas duas semanas antes de suas mulheres, que não viajaram, sentirem os sintomas", disse o relatório dos CDC.

"Estes novos relatórios sugerem que a transmissão sexual pode ser uma forma de transmissão mais provável do que se pensava", apontou.

Apesar disso, os CDC afirmaram que a principal forma de transmissão da zika é o mosquito Aedes aegypti, que também transmite dengue, febre amarela e a febre chikungunya - por isso se recomenda prevenir a picada.

Os Estados Unidos informaram o primeiro possível caso de transmissão sexual do vírus da zika há algumas semanas, depois que um homem que esteve na Venezuela teria infectado a parceira ao retornar.

Por ora, não existem casos de mulheres que tenham transmitido a zika para seus parceiros, disseram os CDC.

Embora em geral os sintomas da zika sejam leves - febre baixa, dor de cabeça e nas articulações, manchas no corpo - o vírus tem sido associado a casos de microcefalia, uma má-formação congênita irreversível, que provoca danos irreparáveis no desenvolvimento motor e cognitivo da criança.