Autor do ataque na Parada Gay de Jerusalém continuará detido
Jerusalém, 31 Jul 2015 (AFP) - A prisão de um judeu ultraortodoxo, que na véspera feriu a facadas seis participantes em um desfile do Orgulho Gay em Jerusalém, será prolongada por 12 dias, anunciou a polícia israelense nesta sexta-feira.
A rádio pública disse que Yishai Shlissel, um colono do assentamento ultraortodoxo de Modiin Illit na Cisjordânia ocupada, foi declarado em seu perfeito juízo pelo juiz e que negou a assistência de um advogado.
Segundo o site do jornal Haaretz, Shlissel proclamou durante sua audiência na justiça que não reconhecia a autoridade do tribunal. "Esta corte não respeita as leis da santa Torá. Faz parte da mecânica do mal. Não tenho intenção alguma de cooperar", afirmou o agressor, que já havia ferido outras três pessoas na Parada Gay de 2005.
Shlissel foi solto da prisão há três semanas, depois de cumprir uma pena de dez anos pelo ataque anterior.
Muito crítica quanto à atuação da Polícia israelense, a imprensa revelou que Yishaï Shlissel havia publicado na Internet uma carta, denunciando "a abominação" que constituía, segundo ele, a realização da Parada Gay em Jerusalém.
As emissoras de televisão exibiram um trecho de uma entrevista concedida por ele a uma rádio local há cerca de dez dias, proclamando que "o combate continua contra aqueles que contaminam o Nome" de Deus.
Diante das críticas, um porta-voz da Polícia ressaltou que um "importante aparato de segurança" foi montado por ocasião da marcha.
Após o ataque, a Parada continuou ao longo das ruas enfeitadas com bandeiras do arco-íris e terminou no Jardim do Sino.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, denunciou o ataque.
"Este é um incidente muito sério. Seu autor será julgado. O Estado de Israel respeita a liberdade de cada um, que é um princípio fundamental em vigor no nosso país. Temos de garantir que todos os homens e mulheres vivam com segurança da maneira que escolher", declarou.
Em nota, os dois Grandes Rabinos de Israel, David Lau e Yitzhak Yossef, condenaram a agressão, ressaltando que "vai de encontro à Torah".
O presidente Reuven Rivlin se indignou contra "um aumento da intolerância, o que pode nos levar à catástrofe".
Um dos líderes da comunidade LGBT em Jerusalém, Tom King, denunciou "a campanha de ódio conduzida em Jerusalém e contra a qual o governo nada fez durante anos".
"Esperamos que essa tragédia ajude a mudar a situação", acrescentou.
A comunidade homossexual israelense foi atingida em 2009, quando um homem abriu fogo em um centro de apoio à juventude gay em Tel Aviv. Duas pessoas foram mortas, e 15 ficaram feridas. O autor do ataque não foi preso.
Expostos à hostilidade de uma grande parte da comunidade ultraortodoxa, os organizadores da marcha traçaram junto com a polícia um trajeto, evitando os bairros religiosos da cidade.
A rádio pública disse que Yishai Shlissel, um colono do assentamento ultraortodoxo de Modiin Illit na Cisjordânia ocupada, foi declarado em seu perfeito juízo pelo juiz e que negou a assistência de um advogado.
Segundo o site do jornal Haaretz, Shlissel proclamou durante sua audiência na justiça que não reconhecia a autoridade do tribunal. "Esta corte não respeita as leis da santa Torá. Faz parte da mecânica do mal. Não tenho intenção alguma de cooperar", afirmou o agressor, que já havia ferido outras três pessoas na Parada Gay de 2005.
Shlissel foi solto da prisão há três semanas, depois de cumprir uma pena de dez anos pelo ataque anterior.
Muito crítica quanto à atuação da Polícia israelense, a imprensa revelou que Yishaï Shlissel havia publicado na Internet uma carta, denunciando "a abominação" que constituía, segundo ele, a realização da Parada Gay em Jerusalém.
As emissoras de televisão exibiram um trecho de uma entrevista concedida por ele a uma rádio local há cerca de dez dias, proclamando que "o combate continua contra aqueles que contaminam o Nome" de Deus.
Diante das críticas, um porta-voz da Polícia ressaltou que um "importante aparato de segurança" foi montado por ocasião da marcha.
Após o ataque, a Parada continuou ao longo das ruas enfeitadas com bandeiras do arco-íris e terminou no Jardim do Sino.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, denunciou o ataque.
"Este é um incidente muito sério. Seu autor será julgado. O Estado de Israel respeita a liberdade de cada um, que é um princípio fundamental em vigor no nosso país. Temos de garantir que todos os homens e mulheres vivam com segurança da maneira que escolher", declarou.
Em nota, os dois Grandes Rabinos de Israel, David Lau e Yitzhak Yossef, condenaram a agressão, ressaltando que "vai de encontro à Torah".
O presidente Reuven Rivlin se indignou contra "um aumento da intolerância, o que pode nos levar à catástrofe".
Um dos líderes da comunidade LGBT em Jerusalém, Tom King, denunciou "a campanha de ódio conduzida em Jerusalém e contra a qual o governo nada fez durante anos".
"Esperamos que essa tragédia ajude a mudar a situação", acrescentou.
A comunidade homossexual israelense foi atingida em 2009, quando um homem abriu fogo em um centro de apoio à juventude gay em Tel Aviv. Duas pessoas foram mortas, e 15 ficaram feridas. O autor do ataque não foi preso.
Expostos à hostilidade de uma grande parte da comunidade ultraortodoxa, os organizadores da marcha traçaram junto com a polícia um trajeto, evitando os bairros religiosos da cidade.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.