SP já usou o equivalente a 9,6% do volume morto
Quinze dias após o início do bombeamento inédito do volume morto dos reservatórios, o Sistema Cantareira já perdeu 17,5 bilhões de litros de água. A quantidade equivale a 9,6% dos 182,5 bilhões de litros que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pretende retirar da reserva profunda do manancial para manter o abastecimento da Grande São Paulo.
O déficit representa uma queda de 1,7 ponto porcentual no nível do Cantareira em duas semanas. Ontem (30), o manancial estava com 25% da capacidade, de acordo com a Sabesp, já considerando o volume morto. A medição aponta que os cinco reservatórios que compõem o manancial têm, juntos, uma reserva de 245,2 bilhões de litros de água.
Segundo a Sabesp, esse volume será suficiente para manter o abastecimento de água na Grande São Paulo até o "início das próximas chuvas", em outubro. Hoje, o Cantareira ainda fornece água para cerca de 7,2 milhões de pessoas na Região Metropolitana, além de mais de 5 milhões de pessoas na região de Campinas.
Abastecimento. Em visita a Brodowski, no interior paulista, na manhã de ontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que o Sistema Cantareira já deixou de abastecer 1,6 milhão de pessoas, com a reversão de água de outros sistemas, como Alto Tietê, Guarapiranga, Rio Claro e Rio Grande. Segundo Alckmin, esse número vai chegar a 2,1 milhões até setembro.
De acordo com o governador, a intenção é poupar o sistema. "A seca foi muito intensa na região de Bragantina e em Minas Gerais, que é de onde vêm as águas do Cantareira. Foi muito localizada a seca e muito intensa", disse Alckmin.
Ele afirmou que 87% da população da Região Metropolitana de São Paulo economizou água até agora, o que ele atribui à campanha de economia e ao desconto oferecido na conta. "Fomos o único governo que falou: ‘olha, faça economia, ajude com o uso racional da água, que você ganha um prêmio de 30% a menos na conta’."
O governo do Estado também quer criar uma multa para quem aumentar o consumo de água na Região Metropolitana de São Paulo. A medida, de acordo com a presidente da Sabesp, Dilma Pena, ainda não tem data para entrar em vigor. As informações são do jornal "O Estado de S.Paulo".
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