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Sabesp: captação maior será para garantir a vazão atual

28/07/2014 07h48Atualizada em 28/07/2014 09h17

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou em nota que "não houve um aumento na proposta de uso da segunda parte do volume morto" e que a "empresa segue em processo de avaliação para definir se o volume será de 100 e 116 bilhões de litros". Segundo a concessionária, caberá aos órgãos reguladores decidirem sobre a proposta. O pedido precisa de aprovação da Agência Nacional de Águas (ANA), do governo federal, e do Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) e da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), ambos do governo paulista.

Segundo a Sabesp, a proposta apresentada aos órgãos gestores tem por objetivo garantir a vazão atual retirada do Cantareira para não ser obrigada a decretar racionamento de água na Grande São Paulo. "A companhia quer manter a vazão de 19,7 mil litros por segundo, porque é necessário para garantir as condições atuais de abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo. Do contrário, grande parcela da população seria prejudicada, sobretudo aquela mais carente", afirmou.

A concessionária informou que "não há nenhum risco" de utilizar mais 90 bilhões de litros das represas Jaguari-Jacareí e disse que fará dragagem para a retirada de água do fundo dos reservatórios. "Na Represa Atibainha, a empresa continuará com o bombeamento existente em cotas mais baixas. No Jaguari-Jacareí, será feita uma nova ensecadeira e um novo sistema de bombeamento, mas sem dragagem", completou.

A Sabesp disse ainda que é "irresponsável e temerária a inferência de que haveria problemas para a qualidade da água" com o uso da nova cota. "A água distribuída pela Sabesp segue todos padrões de qualidade e potabilidade do Ministério da Saúde", disse. A empresa informou ainda que 76,5% dos 400 bilhões de litros do volume morto já são liberados para a região de Campinas por meio das descargas de fundo, conforme "O Estado de S.Paulo" revelou em maio. "É justamente esse fluxo contínuo da água na reserva profunda uma das garantias de a água ter boa qualidade para o abastecimento público", completou. As informações são do jornal "O Estado de S.Paulo".