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Bolsas da Europa caem com ajustes de investidores

01/08/2014 14h31

São Paulo - As bolsas europeias contabilizaram mais um dia de quedas acentuadas, diante da venda maciça de ações após uma temporada desestimulante de balanços e preocupações com uma possível alta dos juros nos EUA antes do esperado. Os investidores mantêm cautela frente às tensões geopolíticas, que não mostram sinais de dissipação.

O índice Stoxx Europe 600 fechou com retração de 1,22%, acumulando perda de mais de 3% nesta semana.

Na bolsa de Frankfurt, o índice DAX caiu 2,10%, para 9.210,08 pontos, acompanhado pelo CAC-40, da bolsa de Paris, que baixou 1,02%, para 4.202,78 pontos. O FTSE-100, da bolsa de Londres, recuou 0,76%, para 6.679,18 pontos, e o FTSE-MIB, de Milão, perdeu 1,01%, aos 20.362,41 pontos.

Em Madri, o Ibex-35 teve desvalorização de 1,80%, fechando aos 10.514,00 pontos, enquanto em Lisboa o PSI-20 recuou 3,04%, para 5.797,67 pontos.

As ações do Banco Espírito Santo (BES), negociadas em Lisboa, perderam mais 40,30% nessa sessão e tiveram as operações suspensas, com o aprofundamento das preocupações sobre a saúde financeira da instituição, em meio à crise que atinge todo o grupo. Hoje, a Espírito Santo Financière (ESFIL) também pediu concordata junto a Tribunais do Luxemburgo por não ter condições de arcar com seus compromissos.

Apesar dos dados positivos da economia chinesa, as ações das mineradoras Rio Tinto e BHP Billiton registraram perdas na Bolsa de Londres, de 1,11% e 0,86%, respectivamente. O índice dos gerentes de compras (PMI) industrial da China, medido pelo HSBC, subiu para 51,7 em julho, de 50,7 em junho, situando-se no maior patamar em 18 meses.

As incertezas quanto ao impacto das sanções à Rússia continuam afetando os papéis de companhias alemãs. A Adidas perdeu mais 1,78% nesta sessão, e fortes desvalorizações foram contabilizadas por diversas empresas, como Linde (3,76%), Merck (3,63%), E.On (3,79%) e Bayer (3,22%).

Para o estrategista-chefe da Pictet Asset Management, Luca Paoli, já era esperado um ajuste no mercado diante da previsão de mudança na política monetária dos EUA. No longo prazo, porém, ele acredita que o mercado acionário europeu manterá trajetória ascendente.