DNA será usado para apurar sumiço de estudante na USP
"Havia um rastro de sangue no local do evento. O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) pediu que uma equipe fosse ao local e que a gente cedesse uma amostra de sangue", afirmou Santos. Para ele, foi a primeira vez que o jovem, que é estudante de Design Gráfico no câmpus Santo Amaro do Senac, participou de uma festa na USP. A família mora em Osasco, na Grande São Paulo.
O bancário diz que tentou contato com o filho por volta das 6 horas do sábado, mas o celular estava desligado.
Ainda ontem, familiares e amigos prestaram depoimentos e forneceram informações que poderão auxiliar os trabalhos de busca. Santos foi visto pela última vez por volta das 4 horas do sábado, após deixar a companhia de amigos para buscar cerveja dentro de uma festa no velódromo da USP. O evento comemorava 111 anos do Grêmio Politécnico e reuniu cerca de 5 mil pessoas.
Apelo
A festa era "open bar" (com bebida gratuita no interior do espaço) e tinha ingressos entre R$ 30 e R$ 90, com participação de músicos renomados, como Marcelo D2 e CPM 22. Os artistas compartilharam em suas páginas da rede social Facebook a mensagem da irmã de Victor, Bruna Costa. Ela lançou um apelo pela web com uma foto do desaparecido, vestindo uma camisa preta com detalhes amarelos, a mesma que usava na festa.
"Já procuramos em todos os lugares possíveis e impossíveis. Fomos em todos os cantos e nada", disse Bruna ao Estado ontem. Ela acrescentou ter buscado em hospitais, delegacias e no IML, sem sucesso.
Pela rede social, diversos comentários relataram ter visto um rapaz parecido com Victor, que tem 1,80 metro de altura, ser retirado à força do evento por dois seguranças. "Chegaram a derrubá-lo no chão com uma rasteira. Um segurança caiu em cima dele. Fez um barulho bem forte no chão, não sei se ele bateu a cabeça. Assim que levantaram, expulsaram o menino e ele saiu cambaleando, sozinho", afirmou uma das testemunhas no Facebook. "Mas a empresa dos seguranças afirmou que não houve nenhuma ocorrência similar", disse Bruna.
A USP autorizou a realização da festa, que contava com 140 seguranças particulares. De acordo com o presidente do Grêmio, André Simmonds, em nenhum momento houve desentendimento em que se necessitasse intervenção da equipe de segurança e retirada de participantes. Nada também foi registrado na enfermaria local. A investigação será feita pelo DHPP.
O DHPP disse que uma mulher teria visto uma pessoa parecida com o estudante, por volta das 11 horas do sábado. Ela vai prestar depoimento nesta terça-feira, 23.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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