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Acusados por morte de cinegrafista deixam prisão no Rio

Caio Silva de Souza deixa a penitenciária Bandeira Stampa, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu - Ellan Lustosa/Futura Press/Estadão Conteúdo
Caio Silva de Souza deixa a penitenciária Bandeira Stampa, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu Imagem: Ellan Lustosa/Futura Press/Estadão Conteúdo

No Rio

20/03/2015 12h51

Caio de Souza e Fábio Raposo foram libertados nesta sexta-feira (20) do Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro. Eles são acusados de acender e atirar o rojão que matou o cinegrafista da Band Santiago Andrade, em 6 de fevereiro de 2014, durante um protesto no centro, e vão responder ao crime em liberdade.

Eles deveriam ter sido soltos na quinta-feira (19), mas não o foram porque não havia tornozeleiras eletrônicas de monitoramento para eles, por falta de pagamento à empresa que fornece os equipamentos pelo governo do Estado.

Os dois saíram sem tornozeleiras. Terão que ficar em casa aos fins de semana e à noite, não poderão participar de reuniões políticas nem manifestações, entre outras medidas judiciais. Souza e Raposo, ambos com 23 anos, não respondem mais por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, com uso de explosivo e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima), por decisão judicial divulgada na quarta-feira (18). O Ministério Público informou que iria recorrer.

O secretário de Administração Penitenciária foi trocado por causa da crise das tornozeleiras, que reflete as dificuldades financeiras da pasta e do Estado de uma forma geral. O novo secretário, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, disse que "vai tentar negociar com esse fornecedor para ver se ele nos adianta as tornozeleiras, e tentar diminuir as dívidas da secretaria".