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Aécio interrompe giro pelo país para tentar evitar derrota em BH

Aécio Neves deve concentrar sua agenda de compromissos em Belo Horizonte na reta final do segundo turno - Fernanda Carvalho/O Tempo/Estadão Conteúdo
Aécio Neves deve concentrar sua agenda de compromissos em Belo Horizonte na reta final do segundo turno Imagem: Fernanda Carvalho/O Tempo/Estadão Conteúdo

23/10/2016 08h50

O senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB e um dos nomes cotados para disputar a Presidência em 2018, deve concentrar sua agenda de compromissos em Belo Horizonte na reta final do segundo turno para tentar evitar a derrota de seu aliado, João Leite (PSDB), na disputa pela prefeitura da cidade. Após ser o mais votado no primeiro turno, o candidato tucano aparece com 35% das intenções de voto, em desvantagem numérica em relação a Alexandre Kalil (PHS), que tem 41%, segundo pesquisa Ibope divulgada na quinta-feira (20).

Com a margem de erro de três pontos porcentuais, o resultado indica empate técnico.

Reservadamente, tucanos de todas as correntes internas avaliam que uma derrota em Belo Horizonte prejudicaria substancialmente o projeto nacional de Aécio e forçaria o retorno dele a Minas Gerais em 2018 para recompor sua base política.

Em 2014, o candidato de Aécio no Estado, Pimenta da Veiga, foi derrotado pelo petista Fernando Pimentel na disputa pelo governo e sua adversária na corrida pela Presidência, Dilma Rousseff, teve mais votos no Estado.

Nas últimas semanas e após aliados de Geraldo Alckmin e José Serra pressionarem publicamente o grupo do senador por mais espaço nas bancadas e no partido, Aécio fez um giro pelo Brasil para ajudar candidatos tucanos.

Presidência

Na disputa pelo comando do partido, aliados de Aécio sinalizam que ele próprio pode renovar o mandato na presidência do PSDB. Apesar de estar no segundo mandato, o estatuto tem brechas que permitem a renovação por pelo menos mais um ano. A escolha será em maio. O cargo é crucial nas articulações internas com vistas à disputa de 2018.

Já a proposta de realizar prévias nacionais para a escolha do candidato do partido, defendida por Alckmin, é vista pela maioria do partido como inviável e "instrumento de pressão" do governador. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.)