Governador cristão de Jacarta é condenado por blasfêmia
09/05/2017 12h48
SÃO PAULO, 9 MAI (ANSSA) - O governador de Jacarta, o cristão Basuki Tjahaja Purnama, foi condenado nesta terça-feira (9) a dois anos de prisão pelo crime de blasfêmia no país mais populoso do Islã.
De acordo com a imprensa local, Purnama, conhecido popularmente como Ahok, foi enviado ao presídio de Cipinang, no leste da capital da Indonésia, depois que um juri liderado pelo juiz Dwiarso Budi Santiarto o acusou de "romper a unidade de Indonésia".
A condenação põe fim a uma longa saga judicial que colocou em dúvida a tolerância religiosa no país. Diante do tribunal, um grupo de partidários de uma interpretação mais rigorosa do Islã comemorou a condenação aos gritos de "Alá é grande" Ahok é o primeiro governador não muçulmano de Jacarta em meio século. Ele foi acusado no ano passado, por blasfêmia, por supostamente criticar o versículo 51 do Alcorão, algo que o político assegura que foi manipulado.
O caso dominou sua campanha eleitoral para governador este ano.
Ahok era considerado favorito há alguns meses nas pesquisas, mas foi derrotado nas urnas pelo muçulmano Anies Baswedan, ex-ministro da Educação.
Em abril do ano passado, o promotor Ali Mukartono havia solicitado dois anos de liberdade condicional para o governador, ao considerar que o delito estava caracterizado e que o acusado havia expressado "hostilidade, ódio ou humilhação em relação a uma parte da população indonésia". O julgamento começou em dezembro e cada lado convocou quase 40 testemunhas.Nesta terça-feira (9), um dos juízes do tribunal, Abdul Rosyad, justificou a severidade do veredicto ao afirmar que o acusado não sente "nenhuma culpa" e havia "provocado a ira e ferido os muçulmanos". No entanto, o governador e seus advogados afirmaram que vão recorrer da decisão judicial.
A Indonésia é o país com mais muçulmanos do mundo, com cerca de 88% de seus 250 milhões de habitantes de fiéis. (ANSA).
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De acordo com a imprensa local, Purnama, conhecido popularmente como Ahok, foi enviado ao presídio de Cipinang, no leste da capital da Indonésia, depois que um juri liderado pelo juiz Dwiarso Budi Santiarto o acusou de "romper a unidade de Indonésia".
A condenação põe fim a uma longa saga judicial que colocou em dúvida a tolerância religiosa no país. Diante do tribunal, um grupo de partidários de uma interpretação mais rigorosa do Islã comemorou a condenação aos gritos de "Alá é grande" Ahok é o primeiro governador não muçulmano de Jacarta em meio século. Ele foi acusado no ano passado, por blasfêmia, por supostamente criticar o versículo 51 do Alcorão, algo que o político assegura que foi manipulado.
O caso dominou sua campanha eleitoral para governador este ano.
Ahok era considerado favorito há alguns meses nas pesquisas, mas foi derrotado nas urnas pelo muçulmano Anies Baswedan, ex-ministro da Educação.
Em abril do ano passado, o promotor Ali Mukartono havia solicitado dois anos de liberdade condicional para o governador, ao considerar que o delito estava caracterizado e que o acusado havia expressado "hostilidade, ódio ou humilhação em relação a uma parte da população indonésia". O julgamento começou em dezembro e cada lado convocou quase 40 testemunhas.Nesta terça-feira (9), um dos juízes do tribunal, Abdul Rosyad, justificou a severidade do veredicto ao afirmar que o acusado não sente "nenhuma culpa" e havia "provocado a ira e ferido os muçulmanos". No entanto, o governador e seus advogados afirmaram que vão recorrer da decisão judicial.
A Indonésia é o país com mais muçulmanos do mundo, com cerca de 88% de seus 250 milhões de habitantes de fiéis. (ANSA).