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Melhora de cavalo surpreende, mas não há previsão de alta, diz veterinária

Colaboração para o UOL, em São Paulo

10/05/2024 14h27

A professora e médica veterinária Mariângela Allgayer, que faz parte da equipe que atende o cavalo que ficou ilhado em cima de um telhado, em Canoas (RS), disse hoje que o animal tem tido uma boa recuperação, mas que ainda não há previsão para alta.

O que aconteceu

Animal ficou ilhado por cerca de 100 horas. A veterinária afirmou ao UOL, nesta sexta-feira (10), que o cavalo está magro, mas hidratado e com a alimentação normal. Ela avaliou como surpreendente a boa recuperação do animal, batizado de Caramelo, devido ao tempo que permaneceu isolado e sem comer.

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Até surpreende a gente (com a recuperação dele) pelo período que ficou lá, em torno de 100 horas sem se alimentar. Ele está com os parâmetros avaliados muito bons. Ele está magro, mas hoje ele já está bem hidratado e com a alimentação normal. É um cavalo que, olhando para ele hoje, não dá para dizer que foi o Caramelo que estava no telhado. Ele tem pequenas lesões, tanto nos membros anteriores quanto posteriores, mas já estão sendo tratadas. Mariângela Allgayer, coordenadora do curso de veterinária na Ulbra

Ainda não há previsão para alta de Caramelo. Mariângela Allgayer ressaltou que o animal seguirá sendo monitorado diariamente pela equipe de veterinários.

A expectativa [de alta] nós não temos. Em princípio, vai demorar muito, mas ele vai ficar em avaliação, até pelo quadro pelo qual passou, apesar de ter saído bem. A gente precisa monitorá-lo. Ele vai ser monitorado diariamente, mas a gente não tem previsão de quando terá uma alta.

Cavalo foi visto se equilibrando no telhado de uma casa. A cena foi flagrada pelo helicóptero da TV Globo, que fazia a cobertura das enchentes na cidade de Canoas, uma das mais castigadas, e viralizou nas redes sociais.

Mutirão e comoção nas redes sociais. A partir daí, iniciou-se uma corrida contra o tempo: a primeira-dama, Janja da Silva, e influenciadores como Felipe Neto, fizeram apelos para que o animal fosse retirado em segurança.

O cavalo foi amarrado e colocado em um bote pelos bombeiros. Resgate foi realizado por volta das 11 horas e envolveu equipes do Corpo de Bombeiros e Exército, com pelo menos dois botes, quatro barcos e um jet ski. Ele foi levado para o hospital veterinário da Ulbra, onde é atendido por vários profissionais.

O animal foi transportado por quase meia hora num bote. A embarcação teve a estrutura reforçada para suportar o peso do animal de cerca de 400 quilos e também os ocupantes. Durante o trajeto, um dos agentes do Corpo de Bombeiros carregou uma bolsa de soro para ajudar na hidratação do animal.

Como é feito o resgate de cavalos em enchentes

Jéssyca Lumertz, que é veterinária especialista em equinos e está na linha de frente dos resgates em cidades como Gravataí e Canoas, é do grupo que Juliana mencionou. Ela é especialista em reabilitação de animais que foram vítimas de maus tratos e usou esses conhecimentos para auxiliar na retirada dos cavalos da água.

Existem algumas técnicas. Às vezes, os sedamos para deixá-los mais calmos. Fazemos algumas amarras em torno do corpo para ajudá-los a boiar. A cabeça fica no barco e o levamos sem que ele precise fazer esforços.
Jéssyca Lumertz em entrevista ao UOL

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