Deputados debatem casamento gay na França e protestos se radicalizam
Paris, 17 abr (EFE).- Os deputados franceses iniciaram nesta quarta-feira o segundo e definitivo exame do projeto de lei para legalizar o casamento homossexual na França, enquanto os protestos aumentam nas ruas e se registram alguns episódios de violência e de assédio a políticos.
"Não há uma única maneira de viver em casal e em família", disse na abertura da sessão na Assembleia Nacional a ministra francesa de Justiça, Christiane Taubira.
Depois que o Senado aprovou na sexta-feira passada o projeto de lei, um promessa de campanha de François Hollande, a resolução entrou hoje em sua reta final para ser aprovada na câmara baixa.
A ministra reconheceu diante dos parlamentares que o texto causa reservas em parte da população francesa, mas ressaltou que isto não deve se confundir com as pessoas "que cospem ódio, praticam a violência e insultam cargos públicos".
Nos últimos dias vários ministros foram acossados em seus domicílios e em atos públicos. Além disso, foram registradas agressões a homossexuais e a jornalistas a favor do projeto.
O ministro francês de Interior, Manuel Valls, chegou inclusive a denunciar que existem parlamentares "que receberam ameaças de morte" por terem se manifestado a favor do casamento gay.
Enquanto se tenta elucidar que papel desempenharam nesses episódios grupos de extrema direita, como a organização estudantil Gud e o Bloco Identitario, os opositores civilizados do texto anunciaram que se manifestarão de acordo com a lei todos os dias em frente à Assembleia Nacional.
Foi convocada uma grande manifestação para o próximo domingo em Paris, a terceira depois de outras duas que segundo os organizadores reuniram um milhão de pessoas cada uma (para a polícia o número de presentes foi de 300 mil).
No entanto, há grupos que consideram que para alcançar o objetivo de impedir a legalização do casamento homossexual é necessário radicalizar os protestos, como por exemplo os militantes de extrema-direita liderados pelo líder da Juventude Nacionalista, Alexandre Gabriac.
"Com balões rosas não vamos conseguir mudar a opinião do governo", declarou à emissora "BFM TV" o líder do movimento, excluído da Frente Nacional em 2011 após a publicação de uma fotografia na qual Gabriac parecia fazendo a típica saudação a Hitler com uma bandeira nazista ao fundo.
Os deputados do principal partido da oposição, a UMP, acreditam que o texto será aprovado mas anunciaram que irão debater a lei no plenário antes da resolução ser provavelmente referendada, em 23 de abril.
Segundo o deputado conservador Hervé Mariton, se a UMP chegar ao poder nas eleições de 2017 o partido organizará um referendo no mesmo ano para perguntar aos franceses sua opinião sobre a união de pessoas do mesmo sexo.
Além disso, Mariton confirmou que, uma vez aprovado o texto, a legenda apresentará um recurso perante o Conselho Constitucional, instituição que em 2011 disse que a proibição do casamento gay não é contrária à Carta Magna francesa, o que deixou sua aprovação ou não nas mãos dos políticos.
"Não há uma única maneira de viver em casal e em família", disse na abertura da sessão na Assembleia Nacional a ministra francesa de Justiça, Christiane Taubira.
Depois que o Senado aprovou na sexta-feira passada o projeto de lei, um promessa de campanha de François Hollande, a resolução entrou hoje em sua reta final para ser aprovada na câmara baixa.
A ministra reconheceu diante dos parlamentares que o texto causa reservas em parte da população francesa, mas ressaltou que isto não deve se confundir com as pessoas "que cospem ódio, praticam a violência e insultam cargos públicos".
Nos últimos dias vários ministros foram acossados em seus domicílios e em atos públicos. Além disso, foram registradas agressões a homossexuais e a jornalistas a favor do projeto.
O ministro francês de Interior, Manuel Valls, chegou inclusive a denunciar que existem parlamentares "que receberam ameaças de morte" por terem se manifestado a favor do casamento gay.
Enquanto se tenta elucidar que papel desempenharam nesses episódios grupos de extrema direita, como a organização estudantil Gud e o Bloco Identitario, os opositores civilizados do texto anunciaram que se manifestarão de acordo com a lei todos os dias em frente à Assembleia Nacional.
Foi convocada uma grande manifestação para o próximo domingo em Paris, a terceira depois de outras duas que segundo os organizadores reuniram um milhão de pessoas cada uma (para a polícia o número de presentes foi de 300 mil).
No entanto, há grupos que consideram que para alcançar o objetivo de impedir a legalização do casamento homossexual é necessário radicalizar os protestos, como por exemplo os militantes de extrema-direita liderados pelo líder da Juventude Nacionalista, Alexandre Gabriac.
"Com balões rosas não vamos conseguir mudar a opinião do governo", declarou à emissora "BFM TV" o líder do movimento, excluído da Frente Nacional em 2011 após a publicação de uma fotografia na qual Gabriac parecia fazendo a típica saudação a Hitler com uma bandeira nazista ao fundo.
Os deputados do principal partido da oposição, a UMP, acreditam que o texto será aprovado mas anunciaram que irão debater a lei no plenário antes da resolução ser provavelmente referendada, em 23 de abril.
Segundo o deputado conservador Hervé Mariton, se a UMP chegar ao poder nas eleições de 2017 o partido organizará um referendo no mesmo ano para perguntar aos franceses sua opinião sobre a união de pessoas do mesmo sexo.
Além disso, Mariton confirmou que, uma vez aprovado o texto, a legenda apresentará um recurso perante o Conselho Constitucional, instituição que em 2011 disse que a proibição do casamento gay não é contrária à Carta Magna francesa, o que deixou sua aprovação ou não nas mãos dos políticos.
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