Topo

Coalizão liderada pela Arábia Saudita retoma ataques no Iêmen

26/03/2015 17h35

Sana, 26 mar (EFE).- A coalizão de países muçulmanos liderada pela Arábia Saudita voltou a bombardear posições do movimento rebelde iemenita dos houthis na capital Sana e em Taiz, no sul do país, informaram à Agência Efe testemunhas em ambas as cidades.

Além disso, disparos de baterias antiaéreas foram ouvidos em vários bairros da capital. Segundo várias testemunhas, um dos alvos dos novos ataques foi o quartel das Forças de Reservistas, antiga sede da Guarda Republicana, na região de Al Zawad, ao sul de Sana.

A aviação da coalizão árabe bombardeou também a base aérea de Tariq, no norte da cidade de Taiz, informaram testemunhas à Agência Efe.

A Arábia Saudita, que lidera uma coalizão de dez países (Kuwait, Catar, Emirados Árabes, Bahrein, Egito, Jordânia, Marrocos, Sudão e Paquistão são os outros integrantes), lançou ontem à noite uma ofensiva militar com o objetivo de conter o avanço das milícias xiitas que acossavam o presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, em Áden.

O porta-voz dessa operação militar, o general Ahmed al Asiri, afirmou hoje em entrevista coletiva que "as operações militares continuarão até cumprir todos os seus objetivos", que consistem, sobretudo, na consolidação das "autoridades legítimas" no Iêmen, segundo suas palavras.

Asiri também indicou que, por enquanto, seu país não planeja uma intervenção terrestre, mas não descartou uma no futuro "em caso de necessidade".

Por sua vez, o principal líder do movimento dos houthis, Abdel Malek al Houthi, acusou hoje a Arábia Saudita de fazer a vontade dos Estados Unidos e o desejo de Israel de atacar seu movimento.

Hoje o grupo xiita rebelde dos houthis, também conhecido como Ansar Alah, convocou o povo iemenita à jihad (guerra santa) contra a coalizão árabe que participa dessa ofensiva aérea.

Cerca de 200 mil pessoas, entre milicianos e seguidores do movimento xiita, se manifestaram hoje na capital iemenita contra a operação militar liderada pela Arábia Saudita.