Após perderem casas, sobreviventes de regiões remotas do Nepal pedem barracas
(Atualiza com declaração porta-voz do Ministério do Interior)
Katmandu, 2 mai (EFE).- Sobreviventes das regiões mais remotas do Nepal afetadas pelo terremoto que devastou o país há uma semana reivindicam com urgência barracas para se refugiarem depois de suas casas terem sido destruídas ou parcialmente danificadas.
O governo do Nepal lançou ontem um site no qual representantes de regiões atingidas pelo terremoto indicam a situação geral do local onde estão e enumeram suas principais necessidades. Um item se repete com frequência ao longo das listas: as barracas e lonas.
"Precisamos de umas 5 mil barracas. Mais de 6 mil famílias perderam suas casas e ainda não receberam ajuda. Construímos estruturas temporárias para eles se protegerem com o que pudemos, mas as barracas e lona estão fazendo falta", afirmou neste sábado à Agência Efe um porta-voz da organização "Teach for Nepal".
Membros da ONG buscam ajuda para os moradores do distrito de Sindhupalchowk, ao norte de Katmandu, apesar de saberem que será difícil arrumar barracas, desejo de grande parte do país.
O porta-voz do Ministério do Interior nepalês, Laxmi Prasad Dhakal, calculou hoje em declarações à Agência Efe que o país do Himalaia necessita de 400 mil barracas para cobrir as necessidades da população afetada pelo terremoto.
Além dos integrantes da "Teach for Nepal", outros 150 representantes das regiões mais remotas do país escreveram suas reivindicações no portal do governo.
Um deles é Rajeev Goyal, um americano de origem indiana que trabalha em uma organização ambiental no distrito de Kavre, ao leste de Katmandu, que se uniu a um grupo de voluntários estrangeiros para prestar auxílio à população da região.
"O que precisamos de maneira mais urgente são barracas. Cerca de 150 mil pessoas perderam seus lares no distrito. Vi até 30 pessoas dormindo em pequenas barracas", explicou Goyal à Efe, revelando que ele mesmo perdeu sua casa no terremoto.
A subsecretária-geral para Assuntos Humanitários e Operações de Emergência da ONU, Valerie Amos, disse ontem que a "maior urgência" das vítimas da tragédia é ter algum tipo de refúgio.
O Ministério do Interior do Nepal elevou hoje para 6.621 o número de mortos após a tragédia, e o de feridos para 14.556. A expectativa é que a quantidade de vítimas aumente assim que as autoridades conseguirem chegar às regiões mais remotas do país.
O Consórcio de Redução de Riscos no Nepal, uma entidade da qual fazem parte organismos da ONU, calcula que o terremoto obrigou 2,8 milhões de pessoas a deixarem suas casas, 10% da população total do país de 28 milhões de habitantes.
Segundo o órgão, o tremor destruiu totalmente 160 mil casas e deixou outras 143 mil parcialmente danificadas no país.
O terremoto foi o de maior magnitude no Nepal em 80 anos e o pior na região em uma década desde 2005, quando outro terremoto deixou mais de 84 mil mortos na Caxemira.
Katmandu, 2 mai (EFE).- Sobreviventes das regiões mais remotas do Nepal afetadas pelo terremoto que devastou o país há uma semana reivindicam com urgência barracas para se refugiarem depois de suas casas terem sido destruídas ou parcialmente danificadas.
O governo do Nepal lançou ontem um site no qual representantes de regiões atingidas pelo terremoto indicam a situação geral do local onde estão e enumeram suas principais necessidades. Um item se repete com frequência ao longo das listas: as barracas e lonas.
"Precisamos de umas 5 mil barracas. Mais de 6 mil famílias perderam suas casas e ainda não receberam ajuda. Construímos estruturas temporárias para eles se protegerem com o que pudemos, mas as barracas e lona estão fazendo falta", afirmou neste sábado à Agência Efe um porta-voz da organização "Teach for Nepal".
Membros da ONG buscam ajuda para os moradores do distrito de Sindhupalchowk, ao norte de Katmandu, apesar de saberem que será difícil arrumar barracas, desejo de grande parte do país.
O porta-voz do Ministério do Interior nepalês, Laxmi Prasad Dhakal, calculou hoje em declarações à Agência Efe que o país do Himalaia necessita de 400 mil barracas para cobrir as necessidades da população afetada pelo terremoto.
Além dos integrantes da "Teach for Nepal", outros 150 representantes das regiões mais remotas do país escreveram suas reivindicações no portal do governo.
Um deles é Rajeev Goyal, um americano de origem indiana que trabalha em uma organização ambiental no distrito de Kavre, ao leste de Katmandu, que se uniu a um grupo de voluntários estrangeiros para prestar auxílio à população da região.
"O que precisamos de maneira mais urgente são barracas. Cerca de 150 mil pessoas perderam seus lares no distrito. Vi até 30 pessoas dormindo em pequenas barracas", explicou Goyal à Efe, revelando que ele mesmo perdeu sua casa no terremoto.
A subsecretária-geral para Assuntos Humanitários e Operações de Emergência da ONU, Valerie Amos, disse ontem que a "maior urgência" das vítimas da tragédia é ter algum tipo de refúgio.
O Ministério do Interior do Nepal elevou hoje para 6.621 o número de mortos após a tragédia, e o de feridos para 14.556. A expectativa é que a quantidade de vítimas aumente assim que as autoridades conseguirem chegar às regiões mais remotas do país.
O Consórcio de Redução de Riscos no Nepal, uma entidade da qual fazem parte organismos da ONU, calcula que o terremoto obrigou 2,8 milhões de pessoas a deixarem suas casas, 10% da população total do país de 28 milhões de habitantes.
Segundo o órgão, o tremor destruiu totalmente 160 mil casas e deixou outras 143 mil parcialmente danificadas no país.
O terremoto foi o de maior magnitude no Nepal em 80 anos e o pior na região em uma década desde 2005, quando outro terremoto deixou mais de 84 mil mortos na Caxemira.
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