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Com quase 1.800 mortos, onda de calor na Índia é a pior em 20 anos

Amit Dave/Reuters
Imagem: Amit Dave/Reuters

Em Nova Déli

29/05/2015 08h12

O número de mortos pela onda de calor que há semanas castiga a Índia subiu para 1.772, enquanto o país espera que as temperaturas comecem a diminuir a partir do domingo, informaram à Agência Efe fontes oficiais. 

Segundo o jornal "Guardian", trata-se do pior saldo de mortes provocadas pelo calor desde 1995, quando 1.677 morrreram.

Andhra Pradesh é o Estado mais afetado pelas altas temperaturas, com 1.334 mortos. Já em Telangana, o calor fez pelo menos 400 vítimas, disseram os porta-vozes dos departamentos regionais de Gestão de Desastres da Índia.

B.R Meena, do escritório do órgão em Telangana, indicou que a maior parte das vítimas mortais da região tinha mais de 60 anos, era de famílias pobre e estava fora de casa nas horas de calor mais intenso.

Nos Estados de Bengala e Odisha, no leste do país, a onda de calor tirou a vida de pelo menos outras 36 pessoas nas últimas semanas, de acordo com a imprensa local, que também informou sobre duas mortes em Nova Délhi.

O Centro Meteorológico de Hyderabad, capital compartilhada de ambos estados, lançou um alerta por altas temperaturas para as próximas horas, afirmou à Efe uma fonte do departamento, que afirmou que hoje já se registrou 47ºC em uma estação de Andhra Pradesh.

Em Telangana, os termômetros indicam por volta de 40ºC. Porém, seis de suas estações marcaram temperaturas acima dos 45ºC.

O centro previu uma queda nas temperaturas a partir do domingo devido a uma mudança na direção do vento rumo ao oeste e a chegada de chuva na região.

A onda de calor se deve à confluência de uma massa de ar seco do noroeste e uma área de pressão atmosférica baixa no leste.

Os termômetros de toda a Índia durante os últimos dez dias, sobretudo na faixa que cruza o país do noroeste a leste, marcaram temperaturas acima dos 40 graus.

O governo de Telangana lançou vários alertas à população dos perigos de sair à rua perto do meio-dia, além de recomendar o uso de sombrinhas e advertir sobre a necessidade de constante hidratação, explicou Meena.