Líder da Al Qaeda pede que muçulmanos do Ocidente ataquem em seus países
O líder da organização terrorista Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, instou os muçulmanos que vivem nos Estados Unidos e outras regiões do Ocidente a realizar ataques em seus próprios países, segundo uma mensagem de áudio divulgada neste domingo (13) na internet.
"Convoco qualquer muçulmano que possa danar os países da coalizão cruzada a não hesitar. Devemos transferir a guerra ao coração dos lares e cidades do Ocidente e, em primeiro lugar, à América (Estados Unidos)", declarou Al-Zawahiri em alusão à aliança internacional que bombardeia posições jihadistas no Iraque e na Síria.
O líder da Al Qaeda acrescentou que os países do Ocidente são os que lideram essa campanha da coalizão e, "se a guerra chegar a suas cidades, estes suspenderão a guerra e reconsiderarão suas políticas".
Como exemplo, citou os irmãos Tamerlan e Dzhokhar Tsarnaev e Cherif e Said Kouachi, que realizaram os ataques na maratona de Boston em 2013 e contra a revista "Charlie Hebdo" neste ano em Paris, respectivamente.
Além disso, Al-Zawahiri pediu a união de "todos os jihadistas" e a "suspensão da guerra" entre eles para fazer do Iraque e da Síria "um espaço unido de guerra".
"Desta forma vamos complicar a missão dos sionistas e da coalizão dos cruzados", ressaltou o egípcio, que acrescentou que "é preciso tomar medidas urgentes para que os jihadistas recuperem a confiança".
O grupo jihadista Estado Islâmico (EI), autodenominado anteriormente Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Síria), nasceu vinculado à Al Qaeda, mas se separou do grupo de Al-Zawahiri, depois que este lhe ordenou limitar sua ação ao Iraque e não operar na Síria, onde a filial da rede terrorista é a Frente Al Nusra.
Outra mensagem de áudio de Al-Zawahiri divulgada na quarta-feira passada em fóruns jihadistas afirmava que os muçulmanos não estão obrigados a jurar lealdade ao EI porque foi criado, segundo ele, sem o consenso dos seguidores do islã.
Além disso, Al-Zawahiri assinalou que o líder do EI, o iraquiano Abu Bakr al Baghdadi, não possui as habilidades necessárias para ser um califa.
No entanto, o líder da Al Qaeda reconheceu que, além de seus "erros graves", o EI tem também pontos positivos e ressaltou que se ele "tivesse estado no Iraque ou Síria, teria colaborado com eles (os jihadistas do Estado Islâmico) para lutar contra os cruzados, os laicos e os xiitas".
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