Grupo armado curdo assume autoria de atentado que matou 37 pessoas em Ancara
O grupo armado "Falcões da Liberdade do Curdistão" (TAK, sigla em curdo) se responsabilizou nesta quinta-feira (17) pelo atentado suicida com um carro-bomba que causou 37 mortes no último domingo em Ancara.
O grupo garantiu em mensagem divulgado através de seu site que o atentado foi uma "ação de vingança" pelas operações militares no sudeste do país, onde se concentra a minoria curda, e nas quais morreram centenas de pessoas.
O comunicado confirmou que a autora do atentado era Seher Çagla Demir, como o Ministério do Interior turco tinha afirmado na terça-feira, e incluía uma foto da jovem, que militava desde 2013 no TAK.
O grupo expressou "tristeza" pelas vítimas civis do atentado cujo objetivo, alegaram, eram as forças policiais, e acrescentou que verificaram que efetivamente "nesta ação morreram muitos policiais".
O carro-bomba conduzido por Demir explodiu na tarde do domingo na praça de Kizilay, no centro de Ancara, ao lado de um ônibus municipal, e a imprensa turca só informou da presença de um policial entre as vítimas, entre as que havia vários estudantes universitários.
A mensagem do TAK acusa ao governo turco de tomar deliberadamente civis como alvo durante as intervenções armadas nas cidades curdas do sudeste, onde o exército e a polícia combatem há meses com artilharia e tanques contra milicianos curdos entrincheirados em seus bairros.
"Contamos com centenas de pessoas dispostas a se sacrificarem e continuaremos a bater nos cérebros e executores da guerra suja nos lugares onde eles se sentem mais seguros", prometeu o comunicado.
O TAK já havia reivindicado o ataque de 17 de fevereiro contra um comboio militar no centro de Ancara, também cometido com um carro-bomba conduzido por um suicida, que deixou 28 mortos, a grande maioria militares.
O grupo armado se apresenta como uma cisão radical do Partido de Trabalhadores de Curdistão (PKK), a guerrilha curda da Turquia, e se atribuiu diversos ataques e atentados contra civis desde 2004. Pouco se sabe sobre suas estruturas ou fins.
O governo turco e vários analistas consideram o TAK simplesmente uma "marca subsidiária" do PKK, utilizada para reivindicar atentados que poderiam prejudicar a imagem desta guerrilha, por exemplo, quando há morte de civis.
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