Soldado israelense que matou palestino imobilizado é condenado por homicídio
Jerusalém, 4 jan (EFE).- O soldado israelense Elor Azaria, que matou com um tiro na cabeça um jovem palestino que estava ferido e imobilizado no chão, depois que ele atacou outro militar em Hebron, foi condenado nesta quarta-feira por homicídio em um tribunal de Israel.
A presidente do tribunal militar, a juíza Maya Heller, leu durante cerca de três horas uma dura sentença na qual afirmou que Azaria sabia que sua ação provocaria a morte e que matou o agressor palestino - Abdel Fatah al Sherif, de 20 anos - "sem motivo" justificável.
Heller descartou os argumentos "em transformação e evasivos" do soldado, também de 20 anos, nos quais a defesa se baseou para tentar provar que não foi seu disparo o que provocou a morte do jovem palestino e em assegurar que Azaria disparou por temer que Sherif portasse uma bomba ou tentasse pegar de novo a faca com a qual cometeu o ataque, que estava a poucos metros de seu corpo.
Na rua, nos arredores da sede central do exército em Tel Aviv, centenas de pessoas se manifestaram contra o processo, entre gritos contra os árabes e contra a esquerda israelense, que apoiou a condenação do militar.
Após a leitura do veredicto, uma familiar do condenado foi expulsa da sala após gritar contra os juízes e afirmar que a sentença era "uma vergonha".
"Amanhã não haverá exército. O exército está acabado", gritou em referência ao argumento de que as Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês) abandonaram seu soldado.
Outro familiar gritou "asquerosos esquerdistas", antes de deixar a sala muito irritado, em uma crítica ao setor que apoia a condenação.
Azaria permaneceu calmo durante e depois da leitura da sentença, que foi inusualmente longa e que os integrantes do tribunal aprovaram por unanimidade.
O caso provocou grande tensão na sociedade israelense, dividida entre os que defendem a atitude do soldado frente ao "inimigo palestino" e os que acreditam que sua ação foi imoral e contrária ao código militar, que permite disparar para matar apenas quando houver grave risco para a vida ou a integridade.
O caso de Azaria deu a volta ao mundo depois que um ativista da ONG israelense de direitos humanos B'Tselem, gravou em vídeo as imagens que mostram o soldado carregando sua arma e disparando contra o jovem palestino que estava caído e ferido no chão, após ter atacado um militar israelense com um faca, em uma ação na qual morreu outro agressor palestino.
A B'Tselem proporciona há cerca de uma década câmeras aos palestinos nos pontos de maior atrito, para que eles possam documentar os abusos do exército e dos colonos israelenses.
Espera-se que nas próximas semanas seja estipulada a pena, que no caso de homicídio pode chegar a 20 anos de prisão.
Os advogados de Azaria asseguraram que recorrerão ao Tribunal Militar de Apelações, o que poderia alongar o processo por mais quatro meses. Além disso, ainda caberia outro recurso no Supremo Tribunal, a instância máxima da Justiça israelense, informou o site "Ynet".
A presidente do tribunal militar, a juíza Maya Heller, leu durante cerca de três horas uma dura sentença na qual afirmou que Azaria sabia que sua ação provocaria a morte e que matou o agressor palestino - Abdel Fatah al Sherif, de 20 anos - "sem motivo" justificável.
Heller descartou os argumentos "em transformação e evasivos" do soldado, também de 20 anos, nos quais a defesa se baseou para tentar provar que não foi seu disparo o que provocou a morte do jovem palestino e em assegurar que Azaria disparou por temer que Sherif portasse uma bomba ou tentasse pegar de novo a faca com a qual cometeu o ataque, que estava a poucos metros de seu corpo.
Na rua, nos arredores da sede central do exército em Tel Aviv, centenas de pessoas se manifestaram contra o processo, entre gritos contra os árabes e contra a esquerda israelense, que apoiou a condenação do militar.
Após a leitura do veredicto, uma familiar do condenado foi expulsa da sala após gritar contra os juízes e afirmar que a sentença era "uma vergonha".
"Amanhã não haverá exército. O exército está acabado", gritou em referência ao argumento de que as Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês) abandonaram seu soldado.
Outro familiar gritou "asquerosos esquerdistas", antes de deixar a sala muito irritado, em uma crítica ao setor que apoia a condenação.
Azaria permaneceu calmo durante e depois da leitura da sentença, que foi inusualmente longa e que os integrantes do tribunal aprovaram por unanimidade.
O caso provocou grande tensão na sociedade israelense, dividida entre os que defendem a atitude do soldado frente ao "inimigo palestino" e os que acreditam que sua ação foi imoral e contrária ao código militar, que permite disparar para matar apenas quando houver grave risco para a vida ou a integridade.
O caso de Azaria deu a volta ao mundo depois que um ativista da ONG israelense de direitos humanos B'Tselem, gravou em vídeo as imagens que mostram o soldado carregando sua arma e disparando contra o jovem palestino que estava caído e ferido no chão, após ter atacado um militar israelense com um faca, em uma ação na qual morreu outro agressor palestino.
A B'Tselem proporciona há cerca de uma década câmeras aos palestinos nos pontos de maior atrito, para que eles possam documentar os abusos do exército e dos colonos israelenses.
Espera-se que nas próximas semanas seja estipulada a pena, que no caso de homicídio pode chegar a 20 anos de prisão.
Os advogados de Azaria asseguraram que recorrerão ao Tribunal Militar de Apelações, o que poderia alongar o processo por mais quatro meses. Além disso, ainda caberia outro recurso no Supremo Tribunal, a instância máxima da Justiça israelense, informou o site "Ynet".
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