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Havaí será o primeiro a recorrer contra novo veto migratório de Trump

Manifestante segura cartaz em apoio a imigrantes durante protesto contra a nova medida do presidente Donald Trump para restringir a entrada de viajantes de países de maioria muçulmana nos EUA - Eric Thayer/ Reuters
Manifestante segura cartaz em apoio a imigrantes durante protesto contra a nova medida do presidente Donald Trump para restringir a entrada de viajantes de países de maioria muçulmana nos EUA Imagem: Eric Thayer/ Reuters

Em Washington

08/03/2017 07h35

O Estado do Havaí irá interpor nesta quarta-feira (8) o primeiro pedido contra o novo veto migratório do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que introduz algumas mudanças com relação ao anterior para evitar problemas legais.

Assim antecipou o procurador-geral do Havaí, o democrata Douglas Chin, em um documento apresentado na terça-feira perante um Tribunal Federal em Honolulu no qual solicita o bloqueio do veto antes que entre em vigor no dia 16 de março.

O Havaí também interpôs um pedido contra o primeiro veto, na qual argumentou que a medida era inconstitucional e que tinha um impacto negativo em sua população, economia e universidades.

No entanto, a demanda que bloqueou esse veto foi a apresentada pelo Estado de Washington (noroeste).

O procurador-geral de Washington, o também democrata Bob Ferguson, artífice dessa demanda, disse na segunda-feira que necessita de tempo para estudar as mudanças introduzidas por Trump ao novo veto para decidir se volta a comparecer ou não aos tribunais.

O escrito apresentado na terça-feira pelo Havaí solicita realizar a audiência no dia 15, na véspera da entrada em vigor do veto, para que o juiz tenha a opção de suspendê-la antes que isso ocorra.

Trump aprovou na segunda-feira um veto migratório que suspende durante 90 dias os vistos aos imigrantes de seis países de maioria muçulmana (Irã, Síria, Sudão, Líbia, Somália e Iêmen) e durante 120 o programa de amparo de refugiados.

Ao contrário do veto anterior, Trump deixou fora da suspensão de vistos os cidadãos iraquianos e os dessas seis nações que já gozam de residência permanente. Além disso, eliminou a suspensão permanente ao amparo de refugiados sírios e suprimiu as referências religiosas.

O presidente americano tomou a decisão de apresentar um segundo veto depois de receber vários revezes judiciais com o anterior.