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29/04/2010 - 09h50

Vereditos do Egito são políticos e injustos, diz Hezbollah

Por Yara Bayoumy

BEIRUTE (Reuters) - O líder do Hezbollah Sayyed Hassan Nasrallah descreveu como "políticos e injustos" os vereditos emitidos pelo Egito condenando 26 homens por planejar ataques. O país alegou que os homens estariam ligados ao grupo guerrilheiro xiita.

O caso, revelado pouco mais de um ano atrás, ressaltou os temores dos sunitas sobre a crescente influência do grupo guerrilheiro xiita, que conta com apoio iraniano.

"Os vereditos que foram emitidos... contra os mujahideen (combatentes da guerra santa) que estão dando apoio aos mujahideen em Gaza são políticos e injustos... contra esses honoráveis mujahideen", disse Nasrallah nesta quinta-feira segundo o site do grupo na Internet (www. moqawama.org).

Nasrallah disse que a questão agora seria resolvida por meios políticos e diplomáticos. Segundo o site, Nasrallah teria feito os comentários durante uma entrevista que foi ao ar nesta quinta-feira na televisão al-Rai, do Kuwait.

O tribunal emergencial de segurança pública condenou os homens --libaneses, palestinos, egípcios e sudaneses-- a penas de seis meses à prisão perpétua, enquanto alguns foram condenados à revelia.

No ano passado, Nasrallah confirmou que um dos homens, conhecido como Sami Chehab, era um membro do Hezbollah, mas negou que o homem tivesse cometido algum crime.

Ele disse que Chehab, que foi condenado a 15 anos de prisão, estava apenas ajudando a fornecer equipamentos a palestinos na luta contra Israel e que no máximo 10 pessoas haviam cooperado com ele, ao invés dos 26 acusados pelo Egito.

As relações do Egito com o Hezbollah, um poderoso grupo político e militar que agora faz parte do governo libanês, têm sofrido tensões desde que o grupo descreveu Cairo como um "parceiro no crime" de Israel contra os palestinos na Faixa de Gaza.

Nasrallah disse que não permitiria que os homens permanecessem na cadeia.

"Nosso caso com o Egito não está encerrado. Certamente não deixaremos nossos irmãos nas prisões", disse ele. "Buscaremos, através de meios políticos e diplomáticos, lidar com a situação."

O Egito, único país árabe a fazer fronteira com Gaza, disse que Nasrallah estava tentando criar caos na região para servir aos interesses de terceiros, em aparente referência ao Irã.

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