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Conselho da ONU se reúne para discutir violência entre israelenses e palestinos

IBRAHEEM ABU MUSTAFA
Imagem: IBRAHEEM ABU MUSTAFA

Em Nova York

16/10/2015 09h23

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas vai realizar uma sessão especial nesta sexta-feira (16) para discutir a recente onda de violência entre israelenses e palestinos, que deixou 39 mortos ao longo das últimas duas semanas.

O encontro, que diplomatas disseram ter sido convocado a pedido da Jordânia, que é membro do conselho, incluirá um balanço do secretariado da ONU sobre a situação na região e ocorrerá às 12h (horário de Brasília), informou a ONU nesta quinta-feira.

Os diplomatas, falando sob condição de anonimato, disseram não haver planos de aprovação de nenhuma resolução no momento, mas pode haver uma tentativa de reunir o conselho para emitir uma declaração que busque exortar os dois lados a conter a violência.

"Todas as opções estão sobre a mesa", disse um diplomata à Reuters.

Trinta e dois palestinos e sete israelenses foram mortos durante duas semanas de derramamento de sangue. Os mortos do lado palestino incluem dez pessoas que realizaram ataques com facas, segundo a polícia de Israel, bem como crianças e manifestantes que levaram tiros dos israelenses durante protestos violentos.

A agitação, a mais grave em anos, foi desencadeada em parte pela ira dos palestinos sobre o que consideram como um aumento da usurpação dos judeus da área da mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, uma área que é reverenciada pelo judaísmo como localização de dois templos bíblicos destruídos.

Os Estados Unidos, aliados de longa data de Israel e seus protetores no Conselho de Segurança, formado por 15 nações, tradicionalmente têm se recusado a aprovar no Conselho a condenação de ações israelenses contra os palestinos, mesmo que critiquem ambos os lados.

No entanto, o porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, disse esta semana que embora Israel tenha o direito de se proteger, "temos certamente visto alguns relatos do que muitos considerariam ser um uso excessivo da força".