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Trump pede que Turquia limite ações militares na Síria

Exército livre da Síria (pró-Turquia) na cidade de Azaz, próximo à fronteira entre os dois países - Osman Orsal/Reuters
Exército livre da Síria (pró-Turquia) na cidade de Azaz, próximo à fronteira entre os dois países Imagem: Osman Orsal/Reuters

Doina Chiacu

De Washington (EUA)

24/01/2018 20h24

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta quarta-feira (24) que o presidente turco Tayyip Erdogan limite a operação militar contra uma milícia curda no norte da Síria e evite ações que gerem risco de conflito com forças americanas na região, disse a Casa Branca.

Os dois líderes conversaram no dia em que Erdogan anunciou que a Turquia estenderia sua operação militar à cidade síria de Manbij, medida que pode colocar forças turcas em possível conflito com as forças dos Estados Unidos, seu aliado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

"O presidente Trump transmitiu preocupações de que a crescente violência em Afrin, na Síria, arrisca diminuir nossas metas compartilhadas na Síria", disse a Casa Branca.

Essas metas incluem derrotar o Estado Islâmico e levar de volta mais de 100 mil refugiados sírios ao seu país natal, disse Trump a Erdogan.

"Ele pediu à Turquia que reduza, limite suas ações militares e evite mortes de civis e aumentos no número de pessoas deslocadas e refugiados", disse a Casa Branca. "Ele pediu à Turquia que tenha cautela e que evite quaisquer ações que gerem risco de conflito entre forças turcas e americanas".

Erdogan disse a Trump na ligação que os Estados Unidos devem interromper o apoio com armas à milícia síria curda YPG, disse o gabinete de Erdogan.

A operação de água e solo da Turquia "Operação Ramo de Oliveira" na região de Afrin, no norte da Síria, está agora em seu quinto dia, mirando combatentes da YPG e abrindo uma nova frente na multifacetada guerra civil da Síria.

A operação visava "expurgar elementos terroristas" de Afrin para a segurança nacional da Turquia e foi conduzida com base na lei internacional, disse o gabinete do presidente turco em nota.

A incursão turca poderia ameaçar os planos dos EUA de reconstruir uma grande área no nordeste da Síria que está além do controle do presidente Bashar al-Assad.