Em 1941, a segunda maior enchente da história atingiu a capital do Rio Grande do Sul ? o volume da cheia só perde para o visto neste mês.
Reprodução / Acervo do Museu Joaquim Felizardo
Naquele ano, o estado também sofreu com nevascas fortes, que cobriram cidades da Serra Gaúcha.
Acervo Fotográfico, Museu da Comunicação Hipólito José da Costa
No final de maio daquele ano, uma frente fria trouxe chuva e neve para cidades da serra gaúcha.
Neve na Praça Dante Alighieri, em Caxias do Sul (RS)
Na edição de 1º de junho de 1941, o jornal A Época escreveu, na matéria de capa, que em Caxias do Sul a nevasca teve início no dia 28 de maio, podendo ser vista até a manhã do dia 29.
Reprodução / Acervo do Museu Joaquim Felizardo
Ainda segundo o jornal, a camada "cobria e tomava as formas de todas as coisas que estavam ao alcance da vista", como telhados, ruas, calçadas e carros.
Reprodução / Acervo do Museu Joaquim Felizardo
O fenômeno também ocorreu em junho. Além disso, outras cidades serranas também foram atingidas, como São Francisco de Paula, onde relatos mencionam 75 centímetros de camada de neve.
Acervo Fotográfico, Museu da Comunicação Hipólito José da Costa
Gramado e Bento Gonçalves também tiveram nevascas, com cobertura de 40 centímetros em cada.
Neve na Praça Dante Alighieri, em Caxias do Sul (RS)
Até agora, 1941 havia ficado marcado como o ano da pior enchente da história de Porto Alegre. Entre os meses de abril e maio daquele ano, a cidade teve 22 dias de chuvas de maneira ininterrupta.
Reprodução / Acervo do Museu Joaquim Felizardo
Na ocasião, as chuvas se distribuíram na chamada bacia hidrográfica da Lagoa dos Patos ? que recebe as águas do Guaíba e outros rios do Rio Grande do Sul. Consequentemente, aconteceu a elevação do nível dos rios do estado.
Reprodução / Acervo do Museu Joaquim Felizardo
Segundo o museu Joaquim Felizardo, o nível do Guaíba chegou a marca de 4,75 metros ? de acordo com a CNN, algumas publicações falam até em 4,76 metros.
Acervo Fotográfico, Museu da Comunicação Hipólito José da Costa
Cerca de 70 mil pessoas ficaram desabrigadas. O número equivale a aproximadamente um quarto da população da capital gaúcha na época, que era de 272 mil habitantes.
Neve na Praça Dante Alighieri, em Caxias do Sul (RS)
Com as aulas suspensas, as escolas da cidade se transformaram em abrigos.
Reprodução / Acervo do Museu Joaquim Felizardo
Barcos se tornaram o principal meio de transporte durante o período. No centro da cidade, no lugar dos automóveis e bondes, barcos e canoas faziam o transporte de pedestres.
Reprodução / Acervo do Museu Joaquim Felizardo
Segundo registros da época, um terço dos estabelecimentos comerciais da cidade ficaram embaixo d'água por cerca de 40 dias.
Acervo Fotográfico, Museu da Comunicação Hipólito José da Costa
De acordo com o Nexo Jornal, os bairros do Centro, Navegantes, Passo D'Areia, Menino Deus e Azenha ficaram entre as áreas mais atingidas.
Neve na Praça Dante Alighieri, em Caxias do Sul (RS)