Por Guilherme Castellar, colaboração para o UOL, do Rio
No curto prazo, o resultado das eleições para o comando do Congresso é positivo para o presidente Jair Bolsonaro, pois torna mais distante um eventual impeachment e enfraquece adversários no campo político que vai da centro-direita à extrema-direita.
Mas o centrão é o maior vitorioso.
Com mais ou menos força, o Centrão vem desde a redemocratização cumprindo o papel de assegurar a “governabilidade” para presidentes da esquerda à direita.
Chegou a reunir de 13 a 14 legendas; hoje conta com 11 (PP, PL, PTB, principalmente).
Como deputado, Bolsonaro, que se elegeu com um discurso contra a “velha política” do “toma lá, dá cá”, passou por sete partidos do Centrão.
Em 2018, o general Augusto Heleno, braço direito do presidente, cantou se "gritar pega Centrão, não fica um", trocando o “ladrão” da música original.