O mercado brasileiro de planos de saúde enfrenta um aumento significativo nas reclamações, atingindo números recordes em 2023.
Entre 2019 e os primeiros 10 meses de 2023, as reclamações contra os planos de saúde aumentaram em 120%, totalizando uma média de 973 queixas por dia.
As operadoras de planos de saúde lideram o ranking de reclamações, com exceção do ano de 2020, segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
A principal reclamação dos consumidores refere-se ao "gerenciamento das ações de saúde", relacionado à autorização de procedimentos e reembolso.
As decisões judiciais contra o setor de planos de saúde aumentaram em 239% entre 2011 e 2021, com 81% dos casos sendo favoráveis aos pacientes.
As operadoras enfrentam um prejuízo operacional recorde, atingindo R$ 10,7 bilhões em 2022, o pior resultado da história.
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Despesas com Atendimento Após a Pandemia: Após o isolamento social, 89,2% das receitas com mensalidades foram destinadas ao atendimento médico em 2023, refletindo um aumento significativo no uso dos planos.
O Brasil enfrenta altos índices de fraudes e desperdício no setor de planos de saúde, consumindo R$ 34 bilhões em 2022, o equivalente a 12,7% do faturamento das maiores operadoras.
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O número de operadoras com beneficiários reduziu de 1.380 para 677 entre 1999 e setembro de 2023, com 93 liquidações extrajudiciais desde 2013.
O rápido envelhecimento da população brasileira contribui para o aumento dos custos nos planos de saúde, sendo o custo médio de um paciente com mais de 60 anos seis vezes maior que o de um jovem.
A média de reajuste nos principais planos de saúde acumulou alta de 367,5% nos últimos dez anos, enquanto a inflação oficial foi de 58,4%.
O modelo de remuneração a hospitais e médicos, baseado no "fee for service", é considerado antiquado, contribuindo para a falta de eficiência no setor.
A demora na adoção de práticas de medicina preventiva no Brasil contrasta com modelos de países desenvolvidos, onde médicos generalistas são priorizados.
Especialistas apontam que, sem mudanças significativas, manter um plano de saúde será insustentável para diversas faixas etárias, destacando desafios pós-COVID-19.
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