Marco Willians Herbas Camacho, 56, o Marcola, apontado como líder do PCC, foi repreendido por um chefe de segurança da Penitenciária Federal de Porto Velho (RO).
O motivo? Não olhou para o chão enquanto caminhava escoltado fora da cela.
Rogério Cassimiro/Folhapress
A advertência, que aconteceu em meados de 2022, foi gravada. O colunista do UOL Josmar Jozino teve acesso ao áudio dessa conversa entre o agente federal e o preso.
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Durante a conversa com Marcola, o servidor deixa claro que quem não cumprir o procedimento de andar com a cabeça baixa vai ser cobrado e pode responder por falta grave.
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O preso afirma que no presídio de Brasília, onde estava antes de ser transferido para Porto Velho, a norma de olhar para o chão não era cobrada.
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O foco de Marcola na conversa, no entanto, é uma reclamação sobre uma agente penitenciária em específico.
Segundo ele, o trata mal desde o primeiro dia em que ele chegou em Porto Velho. Esse seria o motivo de o preso escolher não deixar a própria cela.
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"Eu não saio não é por causa disso que você está dizendo [andar com a cabeça baixa]. Eu não saio para evitar justamente sofrer, entendeu?", disse Marcola.
"Se em um minuto que cheguei aqui, já tive esse conflito, você imagina, então, eu estando à mercê de uma pessoa dessas, 5, 10 minutos? Eu estou errado em evitar?", continuou.
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Para Marcola, a servidora não gosta dele porque pode ter perdido amigos agentes penitenciários, assassinados pelo crime organizado.
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Ao final da conversa com o agente, Marcola diz ainda ser um "homem sério".
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Marcola cumpre pena de mais de 240 anos de prisão, por crimes como roubo a banco e envolvimento com o crime organizado.